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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira (20) que a morte do ditador líbio Muammar Gaddafi "marca o fim de um longo e doloroso capítulo para a Líbia". Em pronunciamento na Casa Branca, em Washington, ele destacou a coragem do povo líbio para lutar contra o regime e disse que outras forças autoritárias terão o mesmo fim. "A regra do punho de aço inevitavelmente tem um fim”.
"Hoje, o governo da Líbia anunciou a morte de Muammar Gaddafi. Ela marca o fim de um capítulo longo e doloroso para os habitantes da Líbia que têm, a partir de agora, uma chance de poder determinar seu próprio destino em uma Líbia nova e democrática", disse Obama, acrescentando que os Estados Unidos serão parceiros da Líbia e que a missão da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) naquele país deverá ser encerrada “em breve”. Gaddafi comandava a Líbia desde 1969, quando ainda era um capitão do Exército de 27 anos de idade e derrubou o rei Idris 1º.
Os confrontos no país começaram em 15 de fevereiro deste ano, com protestos contra a prisão de um ativista de direitos humanos e contra os governantes corruptos. As manifestações da juventude líbia foram reflexos da chamada Primavera Árabe, série de manifestações iniciada neste ano e que culminou com a queda dos ditadores Zine Ben Ali (Tunísia) e Hosni Mubarak (Egito). Durante estes oito meses, em todas as suas aparições públicas, Gaddafi jamais cogitou ceder o poder e sempre disse que lutaria até a morte.
O presidente americano disse que “dias difíceis” virão para a Líbia, pediu aos líbios que respeitem os direitos humanos, e acrescentou: “vocês venceram sua própria revolução”.
Mais cedo, a morte foi confirmada a autoridades americanas pelo premiê interino da Líbia, Mahmoud Jibril. O líder militar do Conselho Nacional de Transição (CNT), Abdel Hakim, também já havia dito, em entrevista à TV Al Jazeera, que a informação sobre a morte de Gaddafi havia sido repassada aos Estados Unidos.
O ministro da Informação do CNT, Mahmoud Shammam, também confirmou a morte de Gaddafi à rede americana CNN. Segundo Shamman, "hoje é dia de grande vitória para o povo líbio".
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