terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ex-governadores do Amapá são acusados de desviar R$ 68 milhões



Os ex-governadores do Amapá Pedro Paulo Dias (PP) e Waldez Góes (PDT) foram acusados de não repassarem para quatro bancos pagamentos feitos por servidores do Estado de empréstimos consignados.
Segundo o Ministério Público do Amapá, os ex-governadores deixaram de repassar R$ 68 milhões de 2009 a 2010.
A Promotoria explica que o governo seria um "intermediário" desses empréstimos, porque o dinheiro era descontado diretamente do pagamento dos servidores.
De acordo com o Ministério Público, o governo atual já pagou R$ 6 milhões da dívida causada pelo suposto desvio.
"Lembrando que esse dinheiro nem pertencia ao Estado e sim aos servidores que pagavam o consignado. Esses valores são referentes ao prejuízo causado a quatro instituições financeiras", afirma o promotor André Luiz Araújo.
Se a ação for aceita pela Justiça, Góes e Dias irão responder por improbidade administrativa.
A reportagem ainda não conseguiu localizar a defesa dos ex-governadores.
Também foram processados ex-secretários Haroldo Victor de Azevedo Santos, Sebastião Rosa Máximo e Nelson Américo de Moraes.
O desvio, segundo a Promotoria, foi descoberto depois de duas professoras reclamarem que a dívida continuou a ser descontada de seus pagamentos.
Em setembro do ano passado, durante Operação Mãos Limpas, Pedro Paulo Dias e Waldez Góes foram presos por suspeita de participação num esquema de desvio de verbas federais. Eles passaram dez dias detidos.
Solto, Dias reassumiu o cargo e chegou a tentar a reeleição, mas foi derrotado no primeiro turno. Já Góes não conseguiu ser eleito para o Senado.

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