É a vigésima vez que órgão condena bloqueio americano decretado há quase meio século
Efe no Estadão
NOVA YORK - A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta terça-feira, 25, por ampla maioria uma resolução que pede a suspensão do embargo econômico e comercial que os Estados Unidos decretaram em 1962 contra de Cuba. É a vigésima vez que o órgão condena o bloqueio americano.
O documento obteve apoio quase unânime da Assembleia, já que 186 países votaram a favor e apenas dois (EUA e Israel) se posicionaram contra. Além disso, foram registradas três abstenções.
O chanceler cubano, Bruno Rodríguez, disse durante seu discurso na assembleia que o voto contra o embargo já é um tema tradicional, "que invoca os pronunciamentos mais reiterados, com o apoio mais categórico, e que mostra com maior nitidez o isolamento do país agressor e a resistência heroica" do povo cubano.
As sanções econômicas custaram cerca de US$ 975 bilhões a Cuba nos últimos 50 anos, detalhou o chanceler. O bloqueio econômico, comercial e financeiro, foi introduzido no início dos anos 60 em resposta à expropriação de empresas americanas durante a Revolução Cubana, comandada pelos irmãos Fidel e Raúl Castro, no poder da ilha desde então.
Rodríguez acusou Washington de persistir com o objetivo de derrubar o governo revolucionário e "destruir a ordem constitucional que o povo soberanamente defende".
Cuba não pode exportar ou importar livremente produtos e serviços para ou dos Estados Unidos, nem utilizar o dólar americano em suas transações. A suposta flexibilização de viagens para a ilha também não se implementou integralmente, disse o chanceler. "A verdade é que a liberdade de viajar dos americanos ainda é cerceada e que Cuba ainda é um destino proibido", completou.
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