sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Eduardo deve ser reeleito presidente do PSB nesta 6a


Folha


no Josias de Souza

O PSB realiza nesta sexta (2), nas dependências do Senado, o seu 12o Congresso Nacional. Durante o encontro, o partido elegerá os membros de sua direção.
Na escolha do presidente, deve ser mantido o vaivém que, nos últimos anos, manteve a legenda aferrada à ‘alternância’ unitária: ora Eduardo ora Campos.
No comando há seis anos, o governador pernambucano Eduardo Campos deve ser reconduzido ao comando partidário. Para desassossego dos irmãos Gomes.
Rivais de Eduardo, o governador cearense Cid Gomes e o irmão Ciro terão de se contentar com assentos na Executiva nacional.
A pajelança ocorre num instante em que Eduardo se equipa. Tenta tornar-se uma alternativa presidencial, desbancando Ciro Gomes.
Embora não exclua 2014 de sua utopia pessoal, Eduardo, escassos 46 anos, considera-se nome mais viável para 2018.
Para solidificar o projeto, o neto de Miguel Arraes e seu grupo voltam as infantarias partidárias para 2012.
No gogó, o PSB considera-se em condições de multiplicar por dois o seu poderio municipal. Hoje, contabiliza 309 prefeitos e 2.963 vereadores.
Para atingir a meta, a legenda transpõe barreiras ideológicas, submetendo o ‘S’ de sua sigla a uma revolução morfológica.
Onde for possível, o pseudo-socialismo do PSB se aliará ao conservadorismo do PSD, a legenda recém-criada pelo ‘ex-demo’ Gilberto Kassab.
Governista em Brasília, o PSB associa-se ao oposicionista PSDB para tentar manter as duas joias de sua coroa municipal: as prefeituras de Curitiba e de Belo Horizonte.
De resto, a legenda ensaia em âmbito municipal uma queda de braço que, cedo ou tarde, será transferida para a esfera federal. Mede forças com o PT.
Os dois principais embates ocorrem na Fortaleza dos Gomes e em Recife, cidadela de Eduardo. Nas duas capitais, hoje governadas pelo PT, o PSB esboça projetos próprios.
O Congresso do PSB reforçará o discurso de apoio ao governo de Dilma Rousseff. A legenda deve repisar também o apoio retórico à reeleição da presidente.
A conversão da retórica em suporte formal dependerá da evolução da conjuntura, hoje sacudida pela crise que chega da Europa e dos EUA.

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