quarta-feira, 30 de junho de 2010

João Cláudio Derosso assume a prefeitura na segunda-feira

Ele vai permanecer no cargo por nove dias, período em que o prefeito Luciano Ducci (PSB) estará em viagem à Africa do Sul

O presidente da Câmara de Vereadores, João Cláudio Derosso (PSDB), deve assumir a prefeitura de Curitiba a partir de segunda-feira (5). Ele vai permanecer no cargo por nove dias, período em que o prefeito Luciano Ducci (PSB) estará em viagem à Africa do Sul.

Ducci participa do lançamento do selo oficial e início dos trabalhos da Copa do Mundo 2014 no Brasil. A capital paranaense será uma das cidades-sedes do mundial.

Durante o período em que Derosso estiver à frente da prefeitura, quem assume a presidência do legislativo é o vereador Tito Zeglin (PDT), em cumprimento ao artigo 35 do Regimento Interno.

De acordo com a Lei Orgânica Municipal, na ausência do prefeito e, em caso de impedimento do vice-prefeito ou de vacância do cargo, que assume é o presidente da Câmara. A cadeira de vice-prefeito está vaga desde Ducci assumiu o cargo deixado por Beto Richa (PSDB), que vai disputar as eleições estaduais.

Lei eleitoral fixa proibições para rádios, TVs e jornais a partir de amanhã

Agência Brasil

A partir desta quinta-feira (1º/7) as emissoras de rádio e televisão do país devem ficar atentas à Lei das Eleições (9.504/97). A legislação fixa uma série de proibições para o período eleitoral em seus noticiários e na programação.

Entre as proibições estão a que impede dar tratamento privilegiado a candidato em seus noticiários e na programação e a de divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção.

A multa para quem desrespeitar varia de R$ 21.282 a R$106.410. Em caso de reincidência pode ser duplicada.

As emissoras de rádio e televisão também estão proibidas de veicular propaganda política pagas ou não e de difundirem manifestação favorável ou contrária a candidatos ou partidos.

Os jornais e revistas não estão impedidos de emitir opinião favorável a candidato, mas a matéria não pode ser paga.

Ainda de acordo com a lei, as novelas, filmes ou minisséries não podem fazer crítica ou referência a candidatos ou partido político, mesmo que de forma dissimulada.

As emissoras também estão proibidas de usar trucagem ou montagem de áudio ou vídeo que degradem ou ridicularizem candidato ou partido ou que desvirtue a realidade para beneficiar ou prejudicá-los. Também não podem transmitir programas com esse fim.

O candidato escolhido em convenção para concorrer às eleições não pode apresentar nem comentar programa. As emissoras também não podem divulgar nome de programa que se refira a candidato escolhido em convenção, inclusive se a denominação do programa coincidir com o nome do candidato ou com o que ele indicou para uso na urna eletrônica. Se o programa tiver o mesmo nome do candidato, fica proibida a sua divulgação.

Presidente do PSDB culpa irmão de Alvaro Dias por troca de vice

Osmar Dias (PDT) anunciou apoio à ex-ministra Dilma Rousseff, do PT.
Alvaro foi substituído por Indio da Costa (DEM-RJ) como vice de Serra.


Eduardo BrescianiDo G1, em Brasília

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra, atribuiu nesta quarta-feira (30) à decisão do senador Osmar Dias (PDT-PR) de se aliar ao PT no Paraná a reviravolta que culminou com a troca de Alvaro Dias (PSDB-PR) por Indio da Costa (DEM-RJ) na candidatura a vice na chapa de José Serra.

Guerra afirmou que um dos principais argumentos em defesa do nome de Alvaro era justamente a possibilidade de atração de seu irmão Osmar para apoiar Serra. “Ele [Alvaro] era um bom vice, mas um argumento claro era de que ele arregimentava mais votos em uma eleição importante de quase 8 milhões votos, que é o estado do Paraná. Esse argumento se enfraqueceu no momento que Osmar Dias anunciou apoio à ministra Dilma. Nós não contávamos com isso”, disse Guerra.

O senador Alvaro Dias evitou polemizar com Osmar e afirmou que a relação familiar continua apesar de estarem em lado opostos.

Ao chegar ao hotel onde foi realizada a convenção do DEM que oficializaou a indicação de Indio da Costa, Alvaro Dias disse não guardar ressentimentos do processo que lhe retirou a candidatura a vice na chapa de Serra. “Não há lugar para ressentimentos, não há lugar para postulações. O importante é o projeto de nação liderado pela competência política e administrativa de José Serra”, disse o senador.

Maioria do STF rejeita intervenção no DF

Seis dos oito ministros presentes na sessão se pronunciaram contra o pedido do procurador geral da República


André Mascarenhas, do estadão.com.br / SÃO PAULO

A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou nesta quarta-feira, 30, o pedido de intervenção federal no Distrito Federal feito pelo procurador geral da República, Roberto Gurgel. Dos oito ministros presentes na sessão, seis se pronunciaram contra a medida - uma tentativa de retomar a normalidade no DF após o escândalo de corrupção que derrubou toda do governo local.

O presidente da corte e relator do caso, Cezar Peluso, foi o primeiro a votar contra a medida. Em seu voto, Peluso observou que medidas foram tomadas para tentar controlar os problemas recentemente vividos no Distrito Federal, que culminaram inclusive com a prisão do ex-governador José Roberto Arruda.

Peluso afirmou que, em breve, a população do Distrito Federal terá a oportunidade de escolher democraticamente o seu governador.

Até agora, apenas o ministro Ayres Britto foi favorável à intervenção. Já os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Marco Aurélio endossaram o voto do relator. Celso de Mello lê seu voto no momento.

ENTREVISTA-Vice do DEM falou apenas uma vez com José Serra

NATUZA NERY - REUTERS

O deputado democrata de primeiro mandato Indio da Costa (RJ) acordou nesta quarta-feira candidato a deputado federal e vai dormir postulante a vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB) sem nunca ter conversado por mais de 15 minutos com o candidato.

Aos 39 anos, disse que sua missão nesta campanha será conseguir o apoio do eleitorado jovem do país.

A única vez que trocou palavras com Serra foi na estreia do Brasil na Copa contra a Coreia do Norte, neste mês, quando os dois falaram das necessidades do Estado do Rio.

Quando o deputado Fernando Gabeira (PV) estava em dúvida se concorria ao governo do Estado do Rio, o ex-prefeito Cesar Maia (DEM) cogitou a indicação de Indio da Costa. O deputado então enviou a Serra um texto de duas páginas com propostas para o Rio e uma apresentação pessoal.

Após a definição de Gabeira pela candidatura ao comando do Estado, Indio da Costa recebeu de um emissário um comentário de Serra de que tinha achado o aliado um jovem de ideias modernas.

Relator do projeto Ficha Limpa na Câmara, atraiu a atenção do presidenciável tucano pelo poder de mobilização à iniciativa. Saltou de 1.200 seguidores no microblog Twitter para mais de 33 mil em poucos dias.

"Vou procurar atingir o eleitorado jovem, agregar na comunicação virtual, o que o Serra já vem fazendo muito bem", respondeu ele à Reuters quando questionado sobre sua missão nesta campanha.

Antônio Pedro de Siqueira Indio da Costa foi escolhido vice depois de uma série de tropeços da campanha tucana, que escolhera antes dele o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) para assumir o posto. A primeira decisão abriu uma crise com o DEM justamente num momento em que Serra passava para o segundo lugar nas pesquisas contra a candidata do PT, Dilma Rousseff.

Ele figurou numa lista de mais de seis nomes. Até uma hora antes do anúncio oficial, não fazia a mais vaga ideia de que seria nomeado como candidato a vice.

Para Indio da Costa, a crise entre PSDB e DEM por conta da escolha do vice está resolvida. "Certamente que pacifica, nosso objetivo é um só: ganhar a eleição."

No Democratas, antigo PFL, o candidato a vice terá outro papel político: renovar a imagem do próprio partido, menor a cada eleição e alvejado por denúncias de corrupção na regional de Brasília. O DEM, apesar de refundado, permanece uma legenda identificada com a política tradicional, cuja porção predominante ainda é comandada por velhos caciques.

"Posso agregar todo um pessoal que está muito chateado com a política", afirmou.

O companheiro de chapa de Serra é sobrinho e primo dos donos do banco Cruzeiro do Sul, instituição de médio porte. O nome Indio vem do avô, Ubirajara, que adotou a alcunha após amigos terem lhe dado o apelido.

Enquanto falava à Reuters, o parlamentar orientava um assessor a trocar a ficha que seria apresentada à Justiça eleitoral. O documento que estava pronto oficializava sua nova candidatura à Câmara, não à Vice-Presidência da República.



Para Aécio, 'equívocos' marcaram escolha de vice tucano

No entanto, o ex-governador de MG ressaltou que os problemas não são insanáveis


Eduardo Kattah, de O Estado de S.Paulo

BELO HORIZONTE - O processo que levou à definição do candidato a vice na chapa presidencial encabeçada pelo tucano José Serra foi marcado por "equívocos", admitiu nesta quarta-feira, 30, o ex-governador de Minas, Aécio Neves (PSDB). Apesar de reconhecer o desgaste com a crise aberta pela indicação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) para a vaga, em detrimento de um nome do DEM, Aécio ressaltou que os problemas não são insanáveis. O ex-governador mineiro disse que foi convocado por Serra na terça-feira para participar de uma reunião em São Paulo que avançou pela madrugada para "reorganizar as relações" entre os dois partidos. Ele elogiou o nome do deputado Indio da Costa (DEM-RJ), apontado como o novo vice de Serra e aprovado na convenção nacional do partido.

"Se você me perguntar se houve equívocos no encaminhamento, houve equívocos. Se eles são insanáveis? Longe disso", disse Aécio, após participar do anúncio do presidente da Assembleia de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), como vice na chapa do governador tucano Antonio Anastasia (PSDB), candidato à reeleição. Em Minas, o DEM também reivindicava o posto, mas foi preterido e participará da chapa majoritária indicando um nome para a primeira suplência de Aécio, que irá disputar uma cadeira no Senado.

O ex-governador ressaltou a diferença entre a negociação conduzida por ele no Estado e a articulação nacional. Segundo ele, a partir do momento em que a aliança foi construída, não há diferenciação entre os partidos. "Somos um grupo político, todos são tratados absolutamente de forma isonômica. Todos esses partidos terão espaços no governo."

Para Aécio, contudo, o "momento de distanciamento" entre PSDB e DEM está superado. "O pior seria que ninguém quisesse indicar o candidato."

O mineiro classificou como "muita adequada" a escolha de Indio da Costa. "Trata-se de um nome que sinaliza para a renovação da política brasileira, com extrema qualidade", disse.

Após a pesquisa Vox Populi mostrar a petista Dilma Rousseff na liderança da corrida presidencial - a exemplo do último levantamento do Ibope -, com 40% das intenções de voto contra 35% de Serra, Aécio voltou a dizer que confia que campanha começará para valer após a Copa do Mundo. E considera "muito relativa" a capacidade de transferência de votos, numa referência à hipótese de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva impulsionar ainda mais a candidatura de Dilma Rousseff (PT).

Para o ex-governador, o perfil dos candidatos e as propostas serão decisivos na definição dos votos. "Aí nós temos uma grande expectativa de que o José Serra tem grande chance eleitoral."

600 prefeitos

O PSDB mineiro escolheu para o anúncio da chapa majoritária a mesma data em que a aliança da base aliada (PMDB/PT/PC do B) programou um grande evento na capital mineira para anunciar a chapa encabeçada por Hélio Costa (PMDB), tendo Patrus Ananias (PT) como vice. O ato, previsto para a noite de ontem (30), contaria com presença de Dilma.

Além do PSDB, a coligação "Sou Minas Gerais" contará com outros 13 partidos (DEM, PPS, PP, PSB, PSC, PMN, PSL, PTB, PSDC, PRB, PDT, PTN e PT do B) integram a coligação.

"Calculamos que teremos mais de 600 prefeitos de Minas Gerais ao nosso lado nessa caminhada", destacou Aécio.

Na quarta, a Executiva Nacional do PR confirmou anulação da convenção estadual do partido e aprovou uma coligação majoritária informal com o PSDB. Os filiados foram liberados para apoiarem qualquer candidato a governador.


Jungmann será candidato ao Senado na chapa de Jarbas

GUSTAVO URIBE - Agência Estado

O PSDB venceu hoje a queda de braço que travava com o PMDB e oficializou o nome do deputado federal Raul Jungmann (PPS) como candidato ao Senado por Pernambuco. O acordo costurado desde o final de maio foi confirmado em reunião pela manhã e ratificado durante convenção do PSDB/PMDB/DEM/PPS, que homologou nesta tarde o nome do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) à sucessão ao Palácio das Princesas.

Antes avesso à indicação de Jungmann ao posto, Jarbas foi convencido da alternativa pelo presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), que não concorrerá à reeleição ao cargo. O peemedebista chegou a colocar em dúvida a sua candidatura quando Guerra anunciou, em maio, que seria candidato a deputado federal para se dedicar à campanha do tucano José Serra à sucessão presidencial.

Jungmann afirmou que o convite para assumir a vaga na chapa foi feito por Guerra e endossado por Serra. O parlamentar reconheceu que no início não queria assumir o posto, mas foi convencido pelo PMDB, na noite de ontem, de que seu nome era importante para a coligação. "Fiquei animado com a oportunidade. Decidi encarar mais essa", justificou.

Candidaturas

Além do parlamentar, a convenção da coligação "Pernambuco Pode Mais", promovida em Recife, ratificou hoje o nome da deputada estadual Miriam Lacerda (DEM) como vice de Jarbas e Marco Maciel (DEM) como candidato à reeleição na outra vaga ao Senado Federal.

Na noite de hoje, também na capital, a chapa da "Frente Popular de Pernambuco", formada por PSB/PT/PDT/PTB, lança o nome do governador Eduardo Campos (PSB) à reeleição em Pernambuco. Para o posto de vice, será homologada a candidatura de João Lyra Neto (PDT), atual vice de Campos. Para as vagas ao Senado, serão homologados o ex-secretário Humberto Costa (PT) e o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB).



Lula interveio para manter Osmar Dias na aliança de Dilma

João Domingos, de O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - Coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a articulação final que desmontou a tentativa de aliança entre o candidato tucano José Serra e o senador Osmar Dias, do PDT do Paraná, tornando-o candidato ao governo do Estado, numa coligação que envolve também o PT e o PMDB. Lula aproveitou a ríspida reação do DEM à escolha de Álvaro Dias (PSDB) - irmão de Osmar - para o cargo de vice de Serra como forma de fortalecer os argumentos que acabariam por demover o pedetista de ficar ao lado dos tucanos. Por telefone, o presidente lembrou na terça-feira a Osmar que há um ano e meio a coligação com os petistas vinha sendo costurada. Por essa causa, Lula cancelou a viagem que faria a Pernambuco na terça, preferindo ficar em Brasília.

No início da tarde de terça-feira, quando o presidente percebeu que a reação do DEM à escolha de Álvaro era cada vez mais forte, ele despachou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para o Paraná. Lupi, também presidente do PDT (embora licenciado, é ele quem manda no partido), encontrou-se com Osmar por volta das 19 hs. Às 21 hs, Osmar anunciou que seria mesmo o candidato da aliança pró-Dilma Rousseff, a candidata de Lula.

Mesmo assim, Lupi não se desgrudou de Osmar. Continuou conversando com irmão de Álvaro Dias até por volta de 1 hora da manhã. Para se prevenir, ele decidiu permanecer em Curitiba durante toda a quarta-feira, 30. Contou a alguns ministros o que estava fazendo. Na conversa com o presidente Lula, disse que estava tudo certo. Mas que o presidente precisava "dar uma mãozinha", indo até o Paraná conversar com Osmar Dias.

Lula concordou. Como está de viagem marcada para a África a partir de sexta, com retorno no dia 12, o presidente disse que visitará o candidato pedetista assim que retornar do continente africano. Osmar quer a garantia de Lula de que sua aliança não sofrerá ataques por parte de petistas mais radicais, que costumam agredir as coligações com os aliados. E de que o presidente o ajudará, pedindo votos para ele ao mesmo tempo que para Dilma Rousseff.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que a decisão tomada por Osmar Dias acabou por consolidar de vez a aliança PDT/PMDB/PT no Paraná. Os candidatos ao Senado nessa coligação serão o ex-governador Roberto Requião, do PMDB, e a petista Gleise Hoffmann.

"Há um ano e meio nós costuramos essa aliança. Isso torna muito forte a chapa do senador Osmar Dias. Para tanto, contamos com a compreensão do governador Orlando Pessuti (PMDB), que abriu mão de sua candidatura para apoiar Osmar Dias."

Nas conversas com os governistas, Osmar Dias teria contado que seu irmão Álvaro - com o qual tem um acordo de não se bater em disputas no Estado - o avisou de que estava sendo rifado nas conversas entre o candidato José Serra e a cúpula do DEM. E que, por volta das 20h40, teria comunicado a Osmar Dias que não seria mais candidato a vice de Serra, liberando-o para disputar a eleição, agora ao lado da petista Dilma Rousseff.


PTB confirma apoio a Beto

no Blog do Fábio Campana

Agora é oficial: o PTB do Paraná vai de Beto Richa (PSDB) na campanha para o Governo do Estado. O apoio dos petebistas foi definido hoje à tarde pela executiva estadual do partido. “O Beto Richa tem o melhor projeto político para o Estado”, justificou o presidente do PTB regional, deputado federal Alex Canziani. “É o nome com melhores condições para levar mais desenvolvimento social e econômico para todas as regiões do Paraná.”

O apoio do PTB ao pré-candidato tucano, ex-prefeito de Curitiba, já tinha sido sinalizado na convenção estadual da sigla, realizada dia 14 de junho em Cambé (Norte do Estado). Na ocasião, os convencionais decidiram que as deliberações eleitorais do partido ficariam a cargo da executiva estadual, o que ocorreu hoje.

A executiva também decidiu que o PTB vai apoiar o nome do deputado federal Ricardo Barros (PP) para o Senado Federal

Peluso vota contra intervenção no Distrito Federal

Em seu voto, observou que medidas foram tomadas para tentar controlar os problemas recentemente vividos na capital


Mariângela Gallucci, da Agência Estado

BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do pedido de Intervenção Federal (IF) 5179, Cezar Peluso, terminou de ler o seu voto no plenário do STF contra o pedido de intervenção no Distrito Federal feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Em seu voto, Peluso observou que medidas foram tomadas para tentar controlar os problemas recentemente vividos no Distrito Federal, que culminaram inclusive com a prisão do ex-governador José Roberto Arruda.

Peluso afirmou que, em breve, a população do Distrito Federal terá a oportunidade de escolher democraticamente o seu governador. Peluso é o relator do pedido de intervenção que está em votação nesta quarta-feira no plenário do STF.

Depois do seu voto, o julgamento foi suspenso para intervalo. No retorno, os outros ministros deverão se manifestar sobre o pedido de intervenção federal.



Debate no Senado vira ato pró reforma tributária

ANDREA JUBÉ VIANNA - Agência Estado

Marcado pela ausência da bancada do Rio de Janeiro, o debate em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) 20/2007 que permite aos Estados produtores arrecadarem, na origem, o ICMS sobre petróleo e energia elétrica, acabou transformado em um ato em defesa da reforma tributária. Senadores e debatedores presentes defenderam a rejeição da matéria.

"Essa PEC é incompatível com o pacto federativo. Não podemos discutir isso fora do pacto, como se fosse uma minirreforma tributária, sem avaliar o seu impacto na Federação", protestou o senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), que presidiu a audiência pública realizada hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A discussão foi prejudicada pelo último dia das convenções partidárias, que esvaziou o Senado. Nenhum dos presentes fez um contraponto aos expositores para defender a proposta. Nem o autor do projeto, senador Paulo Duque (PMDB-RJ), compareceu. O debate convergiu para a defesa de uma ampla reforma. A proposta mais recente, enviada pelo Executivo ao Congresso em 2007, e relatada pelo deputado Sandro Mabel (PR-GO), estacionou por falta de acordo.

O economista José Roberto Afonso rechaçou a comparação entre royalties petrolíferos e a arrecadação do ICMS sobre a produção de petróleo e energia elétrica, que veio à tona por causa da aprovação da Emenda Ibsen (que redistribui os recursos de royalties de petróleo entre todos os Estados) no Congresso. As iminentes perdas dos Estados produtores com os royalties impulsionaram a PEC no Senado - a matéria estava parada na CCJ há três anos.

"O ICMS é permanente, enquanto os royalties são temporários, cessam quando esgotarem os recursos naturais. A arrecadação do ICMS corresponde a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, e os royalties, a 0,2%, dez vezes menos", alertou o economista.

"Mais que uma corrida ao fundo do poço, essa PEC é uma corrida ao fundo do bolso do contribuinte", advertiu o representante da Secretaria da Fazenda de São Paulo, Otávio Fineis Júnior. Ele observou que eventual aprovação da emenda causaria um desequilíbrio geral, motivando os Estados perdedores a buscarem outras fontes de receita. "Ia redundar num aumento generalizado da carga tributária em todo o País", alertou.

Uma simulação do impacto da adoção da regra geral de incidência do ICMS na origem para petróleo e energia elétrica, feita pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) e pelo Comitê Técnico Permanente do INSS, mostrou que apenas cinco Estados ganhariam com a mudança: Rio de Janeiro, Paraná, Sergipe, Amazonas e Rio Grande do Norte.

O estudo mostrou, ainda, que as maiores perdas seriam observadas nos Estados menos desenvolvidos. O levantamento do Confaz indicou, ainda, que, se o impacto fosse o mesmo sobre a arrecadação de 2009, as perdas chegariam a até 1,3% do PIB estadual. O levantamento é o mais recente sobre o tema e tomou por base a situação vigente em 2000.



Painel do Congresso dos EUA aprova fim da proibição de viagens a Cuba

Medida para acabar com embargo de quase 50 anos pode ser votada pelo Senado ainda neste ano


Reuters

WASHINGTON- Um painel da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos votou nesta quarta-feira, 30, para acabar com um embargo de viagens à Cuba existente há quase cinquenta anos e remover outras restrições para o comércio de alimentos com a ilha. 25 deputados votaram a favor da medida e 20, contra.

Legisladores favoráveis ao fim da proibição esperam que o voto no Comitê de Agricultura da Casa dos Representantes será seguido por votação em toda a Camara e no Senado ainda neste anos.

No entanto, oponentes à proposta afirmaram que irão usar todas as ferramentas a seu dispor para impedir que a medida se torne lei.

Indio se diz surpreso com indicação a vice de Serra

CAROL PIRES - Agência Estado

Indicado para ser vice na chapa de José Serra à Presidência da República, o deputado

federal Indio da Costa (DEM-RJ) disse hoje que também ficou surpreso com a nomeação. O

nome do deputado foi aprovado hoje pela convenção do DEM, em Brasília. "É com muito orgulho que eu aceito essa tarefa em nome do DEM. Confesso que foi uma surpresa. Foi uma surpresa para vocês e foi uma surpresa para mim também", disse.

Indio da Costa disse que aceitou a tarefa porque estará ao lado de José Serra que, segundo ele, é um dos homens públicos mais preparados do País. No primeiro discurso como candidato a vice-presidente, ele agradeceu o padrinho político, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, e o presidente do DEM, Rodrigo Maia, de quem é amigo pessoal. Ele também criticou a forma como o governo trata a coisa pública, segundo ele, "inchando a máquina do Estado e tratando mal os servidores públicos".

O líder do DEM no Senado, José Agripino Maia (RN), classificou a escolha de Indio da Costa como "a união entre a ousadia dos mais jovens com a prudência dos mais experimentados" e ressaltou o papel do deputado como relator do projeto Ficha Limpa. "Indio da Costa é um cara limpa, de ficha limpa", disse.

Deputado Índio da Costa, do Rio, é o vice de Serra, anuncia DEM

Índio da Costa tem 39 anos e foi relator do projeto Ficha Limpa.
Escolha é resultado da crise PSDB-DEM devido à indicação de Alvaro Dias.



O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), disse nesta quarta (30), em São Paulo, que o deputado federal Índio da Costa(DEM-RJ) será o candidato a vice na chapa do presidenciável tucano José Serra.

Maia concedeu entrevista coletiva no início da tarde diante da casa de Serra, em São Paulo. A escolha resultou de negociações entre integrantes das cúpulas do DEM e do PSDB na madrugada desta quarta.

A indicação de um nome do DEM é decorrência da crise que se abriu entre os dois partidos depois que foi tornada pública pelo presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, a informação de que o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) era o nome escolhido pelos tucanos para vice de Serra.

Rodrigo Maia disse que a opção por Índio da Costa "não foi uma decisão de partido A ou B". Segundo ele, a intenção foi procurar "um nome jovem" - Costa tem 39 anos. "Essa escolha é muito boa, e o partido fecha integralmente", disse ex-senador Jorge Bornhausen (SC), presidente de honra do DEM.

"Foi um nome que se construiu ao longo das últimas horas, primeiro com o diálogo com o [ex-] governador Aécio Neves (PSDB-MG), com o nosso candidato a presidente, e chegamos ao nome dele", declarou Maia.

Ele negou que a crise provocada pelo vazamento da informação sobre a escolha de Alvaro Dias pelos tucanos tenha deixado sequelas na relação entre PSDB e DEM. "Essas questões estão todas superadas. O diálogo foi importante", disse.

Após o anúncio de Rodrigo Maia, Índio da Costa chegou à convenção do DEM, em Brasília, acompanhado dos líderes do partido na Câmara, Paulo Bornhausen, e no Senado, José Agripino Maia. "Ainda não recebi convite nenhum, mas gostaria de falar depois da convenção, quando tudo vai ser confirmado", declarou.

Rodrigo Maia afirmou que o deputado tem uma atuação "importante" no Rio de Janeiro e trabalhou "de forma muito correta" no projeto Ficha Limpa, que impede as candidaturas de políticos com condenações judiciais em órgãos colegiados.

"Tenho certeza que é um nome que vai agregar muito nas eleições deste ano", afirmou Maia. Segundo o presidente do DEM, o próprio candidato José Serra concederá uma entrevista coletiva às 17h30 desta quarta em Brasília para falar sobre a escolha do vice.

"Ele [Índio da Costa] tem a cara dessa renovação que o DEM vem fazendo. Tem atuação destacada na Câmara e vem de um estado que é o terceiro maior colégio eleitoral do país", afirmou o vice-presidente do DEM, deputado federal ACM Neto (BA).

Segundo ACM Neto, o nome de Índio surgiu na mesa de negociações na madrugada desta quarta, durante encontro em São Paulo entre Rodrigo Maia, José Serra e líderes dos dois partidos. ACM Neto disse que Serra teve "participação direta" na escolha.

Depois de ter a indicação retirada, o senador Álvaro Dias disse que só vai comentar a escolha do deputado Índio da Costa para concorrer ao posto de vice na chapa encabeçada por Serra depois de conversar com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Segundo ele a conversa ocorrerá ainda nesta quarta.

Após o anúncio feito por Rodrigo Maia, Roberto Freire, presidente do PPS, partido que aliança de apoio a Serra, chegou à casa do presidenciável tucano. Ele disse aprovar o nome de Índio da Costa e afirmou que o escolhido para vice “tem mais experiência política” do que a ex-ministra Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República.

Para Roberto Freire, se na noite de terça o senador Osmar Dias (PDT-PR) não tivesse se lançado candidato ao governo do Paraná, o nome do irmão dele, senador Alvaro Dias (PSDB-PR) teria se consolidado como o vice de Serra. No Paraná, o PSDB esperava atrair o PDT, mas Osmar Dias decidiu ser candidato por uma coligação que apoiará a candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff.

Segundo Rodrigo Maia, "a questão do Paraná se desfez não por uma vontade do PSDB, mas por uma questão local, pela decisão do Osmar, e era preciso procurar outro nome".

Perfil

Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa nasceu no Rio em outubro de 1970. É bacharel em Direito pela Universidade Cândido Mendes, com especialização em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Costa foi vereador na Câmara Municipal do Rio nas legislaturas de 1996, 2000 e 2004. Em 2006, se elegeu deputado federal. Na Câmara, é membro da Comissão de Constituição e Justiça, da Comissão de Defesa do Consumidor; e da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. Foi relator do Estatuto da Metrópole e do projeto de lei que deu origem ao Ficha Limpa.

Serra recua e ‘escolhe’ vice do DEM: Índio da Costa


Durou menos de seis dias a candidatura do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) a vice-presidente da República.

Indicado na última sexta (25), o senador tucano foi substituído nesta quarta (30) pelo deputado federal Índio da Costa (DEM-RJ).

Sob risco de perder os três minutos de TV do DEM, Serra fez por pressão o que se negara a fazer por obrigação: levou os cotovelos à mesa de negociação.

Em movimento esboçado na madrugada, trocou Álvaro por Índio, deputado do grupo do ex-prefeito Cesar Maia e do filho dele, Rodrigo Maia, presidente do DEM.

Índio traz na biografia um feito recente: foi o primeiro relator do projeto do Ficha Limpa na Câmara. Fez um bom trabalho.

Na fase final de tramitação da proposta, Índio foi substituído na relatoria pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).

A essência do texto preparado por Índio foi mantida. Cardozo apenas suavizou a proposta, tornando-a mais palatável aos colegas.


Foto por Sérgio Lima/Folha no Blog do Josias de Souza

Indio da Costa, vice de Serra, foi relator do Ficha Limpa

LARYSSA BORGES
Direto de Brasília no Terra

Relator do projeto que prevê a exigência de Ficha Limpa para políticos poderem concorrer em processos eleitorais, o deputado Índio da Costa está em seu primeiro mandato na Câmara Federal. Natural do Rio de Janeiro, onde o tucano José Serra enfrenta dificuldades de palanque, o novo vice-presidente, bacharel em Direito, construiu carreira política como vereador por três mandatos consecutivos. Foi secretário municipal de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro entre 2001 e 2006.