sexta-feira, 29 de junho de 2012

Número de católicos continua em queda e aumenta o de evangélicos, mostra Censo do IBGE



da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O número de brasileiros que se declaram católicos continua em queda. Nos últimos 20 anos a diminuição desse contingente no total da população do país foi aproximadamente 22%. Em 1991, oito em cada dez brasileiros se diziam pertencentes a essa religião; em 2010, pouco mais de seis fizeram a mesma afirmação. Por outro lado, os grupos evangélicos, que passaram de 9% em 1991 para 22,2% em 2010, são os que mais cresceram no mesmo período. Somente na última década foi observado um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas que se declararam evangélicas.
A constatação faz parte do Censo Demográfico 2010 – Características Gerais da População, Religião e Pessoas com Deficiência, divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O documento traz informações do perfil religioso da população brasileira, além de dados sobre a distribuição espacial das pessoas com deficiência, sua estrutura por idade, escolaridade e inserção no mercado de trabalho.
O pesquisador da coordenação de população e indicadores sociais do IBGE, Cláudio Crespo, destacou que entre os evangélicos o grupo que mais cresce é o dos pentecostais, que inclui as igrejas Assembleia de Deus, do Evangelho Quadrangular, Maranata e Nova Vida. Em 2010, seis em cada dez evangélicos e um em cada dez brasileiros já declaravam frequentar essas igrejas. Por outro lado, o número de evangélicos de missão ou tradicionais, como luteranos, presbiterianos, metodistas, batistas e congregacionais, ficou estável e correspondia, em 2010, a 18,5% dos evangélicos e a 4,1% dos brasileiros.
“Com certeza, 80% dos que deixam de ser católicos se tornam evangélicos pentecostais, principalmente em função de essas igrejas contarem com uma linguagem mais urbana, mais metropolitana, própria dos nossos tempos”, explicou.
Esse movimento é liderado pela igreja Assembleia de Deus, que foi a que mais cresceu entre 2000 e 2010, passando de 8,4 milhões para 12,3 milhõee de fiéis. Além disso, o documento mostra que a Igreja Universal do Reino de Deus – integrante também do grupo das pentecostais – perdeu quase 300 mil adeptos, passando de 2,1 milhões para 1,9 milhão na última década.
Em relação à distribuição espacial da população evangélica, há uma concentração que acompanha a expansão da fronteira agrícola e o litoral do Sudeste, revelando uma influência dos deslocamentos populacionais.
“As igrejas pentecostais crescem com bastante vigor nas regiões metropolitanas do Rio e de São Paulo muito em função da migração de fluxos vindos do Norte e do Nordeste”, acrescentou.
A redução no percentual de católicos ocorreu em todas as regiões, tendo sido mais intensa no Norte, berço da igreja Assembleia de Deus (de 71,3% para 60,6%), enquanto os evangélicos aumentaram sua representatividade nessa região, de 19,8% para 28,5%. Entre os estados, o menor percentual de católicos foi encontrado no Rio de Janeiro (45,8%) e o maior no Piauí, com 85,1%.



Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/rio-estado-com-menor-percentual-de-catolicos-revela-censo-2010-5345770#ixzz1zCSE6ulE 

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Deputado Rubens Bueno será vice de Luciano Ducci em Curitiba




da FOLHA.COM no PORTAL PPS
ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR) foi confirmado nesta quinta-feira (28) como candidato a vice-prefeito de Curitiba na chapa de Luciano Ducci (PSB), que tentará a reeleição.

O posto de vice do atual prefeito vinha sendo alvo de disputas de diversos partidos --Ducci deve reunir 15 legendas em torno de sua candidatura nestas eleições.

Nesta manhã, em entrevista coletiva, Ducci e Bueno, ao lado do governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) --de quem Ducci foi vice-prefeito até 2010--, apontaram a "coerência" da aliança.

"Sempre defendemos a mesma ideologia e as mesmas teses. Jamais vamos violentar a nossa consciência para vencer uma eleição a qualquer custo", afirmou Richa.

As referências à coerência são um recado ao adversário Gustavo Fruet (PDT), também candidato a prefeito e ex-deputado federal pelo PSDB. Fruet deixou o partido no ano passado por não ver viabilizada sua candidatura a prefeito e se aliou, neste ano, ao PT. A aliança tem sido alvo de críticas de seus adversários.

Durante a campanha, Bueno deve tirar licença de seu cargo na Câmara dos Deputados, onde também é líder do PPS e integrante da CPI do Cachoeira.

O anúncio de Bueno também tira da disputa eleitoral em Curitiba sua filha, a vereadora Renata Bueno (PPS), que até então era pré-candidata à prefeitura.

Também serão candidatos em Curitiba Gustavo Fruet (PDT), Ratinho Júnior (PSC) e Rafael Greca (PMDB).

Taques entrega relatório sobre cassação de Demóstenes à CCJ do Senado



da Agência Brasil
Brasília - O senador Pedro Taques (PDT-MT) entregou hoje (28) seu relatório sobre o processo de cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (sem partido - GO) à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O teor do relatório não foi divulgado, no entanto, Taques já sinalizou que considerou o processo dentro dos “moldes constitucionais”.
Taques citou o mandado de segurança dado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli a Demóstenes, concedendo mais prazo para a sua defesa no Conselho de Ética. Na avaliação de Taques, com a decisão, o ministro "saneou" o que poderia ser considerado vício no processo.
A leitura e votação do documento que analisa os aspectos constitucionais do pedido de cassação está marcada para a próxima quinta-feira (4). Caso os aspectos constitucionais sejam aprovados na CCJ, o processo seguirá para o plenário do Senado, cuja votação está marcada para o próximo dia 11 de julho.
Para cassar o mandato de Demóstenes são necessários 41 dos 81 votos dos senadores. A votação em plenário é realizada de forma secreta. Antes de seguir para o plenário, o processo terá que aguardar um intervalo equivalente a cinco sessões ordinárias do Senado.
Diante dessa exigência regimental, a Mesa Diretora do Senado decidiu convocar sessões ordinárias para as segundas-feiras, dias 2 e 9 de julho. O esforço é para que o julgamento de Demóstenes ocorra antes do recesso parlamentar, marcado para ter início no dia 17 de julho.
Na segunda-feira (25), o Conselho de Ética aprovou relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) favorável à cassação de Demóstenes Torres. A votação no conselho ocorreu de forma nominal e por meio de voto aberto. O relatório recebeu a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho.

Toffoli dá mais tempo de propaganda a partidos recém-criados e favorece PSD



da Agência Brasil
Brasília – O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou hoje (28) pela liberação de uma fatia maior de propaganda eleitoral em rádio e TV a partidos novos que têm deputados federais em seus quadros. A medida favorece diretamente o PSD, legenda criada no ano passado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
Toffoli é relator do pedido encaminhado por sete partidos – DEM, PMDB, PSDB, PPS, PR, PP e PTB – para tentar impedir a manobra. Atualmente, a legislação eleitoral dá um terço do tempo de propaganda gratuita igualmente entre todos os partidos. Os dois terços restantes são divididos proporcionalmente ao número de deputados federais dos partidos ou coligações.
Em seu voto, Toffoli entendeu que, se a legislação permite a migração de políticos para novas legendas sem enquadrá-los como infiéis, a migração do tempo de propaganda também é legítima. “Não se pode impedir que os deputados que fundam novos partidos levem consigo as benesses que tinham nos partidos de onde vieram”.
O relator entendeu ainda que a restrição sobre o tempo de rádio e TV poderia desestimular a criação de novos partidos, já que haveria “enorme ônus para quem já exerce mandato”. No entanto, o ministro advertiu que o tempo de propaganda só poderia ser dado à nova legenda no caso dos parlamentares fundadores, e não para os que decidirem migrar em qualquer momento.

A decisão do STF sobre esse conceito influenciará diretamente outro julgamento pendente na Justiça Eleitoral: se o PSD pode ter acesso a uma fatia maior do Fundo Partidário. Assim como o tempo de propaganda, a verba é rateada de acordo com a representação dos partidos na Câmara dos Deputados – 5% são divididos igualmente entre todas as legendas e os 95% restantes distribuídos de acordo com o número de vagas de deputados federais conquistados pelas legendas nas últimas eleições.
Além de Toffoli, mais dez ministros irão votar. O julgamento foi suspenso porque um deles, Luiz Fux, quis analisar melhor alguns conceitos durante o intervalo. O ministro Joaquim Barbosa preferiu adiantar seu voto para negar o pedido porque acredita que o STF está analisando um caso específico – o do PSD – como regra geral. “Estamos pisando em espinho. Não sabemos a consequência que isso trará ao quadro politico, e tenho certeza de que não será boa.”
O presidente do STF, ministro Ayres Britto, já adiantou que o julgamento só terminará amanhã (29) porque a ministra Cármen Lúcia, presidenta do Tribunal Superior Eleitoral, está em viagem oficial.

Unesco reconhece Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade



Da Agência Brasil
Brasília – A Unesco reconheceu Brasília como Patrimônio Cultural da Humanidade em reunião realizada ontem (28), na Rússia. Os integrantes do Comitê de Patrimônio Cultural aprovaram documento baseado em relatório produzido em março deste ano por consultores ligados à Unesco que vieram fazer avaliação da cidade.
De acordo com o governo do Distrito Federal (GDF), as recomendações feitas pela Unesco, como assegurar as características originais do projeto urbanístico de Brasília e proibir construções em área verde, já estão inclusas no Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCUB), em fase de elaboração. O plano pretende garantir os princípios do projeto piloto de Lúcio Costa, responsável pelo projeto urbanístico da capital.
As iniciativas em andamento para a preservação da cidade incluem a revitalização da W3 Sul e dos setores hoteleiros, a construção da Esplanada dos Museus, a implantação de jardins e outras obras no canteiro central do Eixo Monumental.
Segundo Rafael Oliveira, secretario interino da Secretaria de Habitação, Regularização e Desenvolvimento Urbano (Sedhab) do DF, o relatório é também uma forma de orientar o governo nas ações de preservação do conjunto urbanístico tombado. Para ele, o título de Patrimônio Cultural não é uma responsabilidade só do governo, mas de todo o povo brasileiro.
O GDF, em conjunto com o governo federal, irá tomar medidas necessárias para a apresentar à Unesco, em fevereiro de 2013, um relatório com os avanços na política de preservação da capital como Patrimônio Cultural da Humanidade. A próxima avaliação do Comitê do Patrimônio Mundial será em junho de 2013. Brasília detém a maior área tombada do mundo, com 112,5 quilômetros quadrados de área tombada, e é o único bem contemporâneo que faz parte da lista de Patrimônio Mundial. O título foi concedido há 25 anos.

BUENO SERÁ VICE DE DUCCI EM DISPUTA POR PREFEITURA DE CURITIBA




Após três dias de forte articulação, Rubens Bueno (PPS) será o candidato a vice-prefeito na chapa que busca a reeleição de Luciano Ducci (PSB) para a prefeitura de Curitiba (PR). Ducci recebeu o sim de Bueno e do diretório municipal do PPS em reunião realizada na noite desta quarta-feira. O anúncio oficial ocorrerá às 12h desta quinta-feira, no Hotel Bourbon, em Curitiba.

Depois de afirmar que aceitaria a posição de vice na chapa de Ducci, abrindo mão da pré-candidatura de sua filha, Renata Bueno (PPS), o deputado federal reuniu-se na noite de terça-feira com a bancada federal e a direção nacional do partido, de quem teve o sinal verde. 

Nesta quarta-feira, Ducci foi a Brasília e reuniu-se com Bueno e o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Com o apoio da direção nacional, ficou faltando apenas a aprovação do diretório regional do partido, que ocorreu nesta noite. 

Segundo o presidente do diretório, Marcos Isfer, o convite formal realizado ao presidente estadual do partido é uma maneira de reconhecer o seu trabalho e a importância do PPS no município. "O partido tem boa penetração na cidade e participação ativa. Estamos aliando dois partidos de origem socialista e duas pessoas com dedicação integral à causa política", afirmou Isfer. 

Ao representar a Executiva Estadual do partido, o Secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Cezar Silvestri, avalizou a decisão do partido. "O prefeito vem demonstrando alta capacidade em sua gestão. Percebemos os resultados na nossa secretaria. O convite feito ao Rubens é importante para o PPS e engrandece a chapa do Luciano. É um voto de confiança ao partido e fortalece as candidaturas nos demais municípios", disse Silvestri. 

"Está confirmado. Acabei de receber a informação de que o diretório municipal aprovou. Então, como lá em Brasília foi tudo tranqüilo, devemos anunciar oficialmente amanhã", afirmou Bueno, que já retornou a Curitiba para o anúncio oficial. 

Bueno disse que não tinha pretensão de participar desta eleição, que estava trabalhando exaustivamente na CPI do Cachoeira, mas que foi convencido, pelo grupo político que administra o estado e a prefeitura de Curitiba (do qual ele aliado) da importância política de sua candidatura. "Fui chamado à responsabilidade pelo eixo político que temos no Paraná. Fui convencido de que minha participação é muito importante para manter e fortalecer esse projeto", disse. 

Bueno disse que procurará na quinta-feira, a equipe do PPS montada para a construção do plano de governo que Renata Bueno apresentaria na campanha, para "tomar pé" e incluí-lo na discussão do programa de Ducci. "Confesso que estou por fora, não estava participando dessa discussão. Estava concentrado no trabalho em Brasíla, mas amanhã já iniciamos esse debate", disse. 

Apesar disso, o deputado informou que não pretende se licenciar do mandato por causa da eleição. "Tenho um mandato a cumprir e vou cumprir. É bom lembrar que, há 20 anos, fui candidato à prefeitura de Campo Mourão e não me licenciei da Câmara, participando do processo de impeachment do Fernando Collor", disse.


DO PORTAL TERRA

Ministério da Saúde usará sistema de Curitiba



O sistema on line de notificação de doenças adotado pela Secretaria Municipal da Saúde será referência para o Sistema de Informação de Agravo de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde.
Segundo o coordenador geral de Vigilância e Resposta às Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber de Oliveira, que veio a Curitiba para conhecer a estratégia, a atualização do Sinan está em estudos para que possa estar renovado em 2013.  
 
“Curitiba é, por um trabalho de aperfeiçoamento histórico, um município de excelência em relação a vigilância epidemiológica e incorporação de tecnologia. Temos, por isso, todo o interesse em conhecer melhor a ferramenta e também que seus técnicos participem dos testes para validação do novo sistema”, explicou Oliveira, que lidera uma comitiva de técnicos do órgão. 
 
A atualização do Sinan, que deverá ampliar o perfil epidemiológico brasileiro e incluir a rede privada de saúde no processo de notificação, representa um investimento inicial de R$ 3,8 milhões.
 
Teresina - Além do grupo do Ministério da Saúde, ao mesmo tempo, uma comitiva da Fundação Municipal de Saúde de Teresina (Piauí) está em Curitiba para conhecer o funcionamento da rede municipal de atendimento. 
O superintendente  da entidade, Tiago Macedo, e três gestores da fundação fizeram visitas técnicas ao Hospital do Idoso Zilda Arns, ao Centro Municipal de Urgências Médicas Cajuru e à Unidade de Saúde Alvorada, e mantiveram reuniões com as seis diretorias técnicas da Secretaria Municipal da Saúde. “Vamos precisar de muito mais de dez anos para começar a chegar perto do que vocês fazem aqui hoje”, disse Macedo.
 Tanto os representantes do Ministério da Saúde como os da Fundação Municipal de Saúde de Teresina foram recebidos pela superintendente de gestão da Secretaria Municipal da Saúde, Anna Paula Penteado. 
A secretária Eliane Chomatas não pode recebê-los em virtude da participação de um evento técnico no Rio de Janeiro em que o assunto, em dois dias de reuniões técnicas, são as estratégias de assistência, logística e gestão de pessoas adotadas na capital paranaense.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Tribunais hesitam em divulgar as remunerações





O Conselho Nacional de Justiça criou um grupo de trabalho para analisar o conteúdo da recém-sancionada Lei de Acesso à Informação. O objetivo é o de verificar como a nova legislação será cumprida pelos tribunais brasileiros.
Indicou-se para presidir o grupo o ouvidor do CNJ, Wellington Saraiva. Ouça-se o doutor: “Veremos os aspectos da lei que precisam ser mais bem esclarecidos ou detalhados para melhor aplicação de todos os tribunais. […] Essa necessidade decorre das peculiaridades do Poder Judiciário.”
Para entender a gênese da encrenca, escute-se mais um pouco do doutor Welington Saraiva: “Vamos discutir, por exemplo, a divulgação dos contracheques dos juízes e servidores. A lei não determina expressamente a divulgação deles. No Poder Executivo, entretanto, o decreto regulamentador tornou isso obrigatório. Precisamos definir se e como isso será feito também no Poder Judiciário.” Bingo.
Nas pegadas da sanção da lei, o STF decidira, em reunião administrativa, que os salários dos seus ministros e servidores serão levados à internet. Por ora, não foram exibidos. Mas ficara entendido que os outros tribunais superiores, os tribunais federais e os tribunais estaduais seguiriam o exemplo do Supremo.
Tomado pelas palavras –“precisamos definir se e como isso será feito”— o doutor Wellington Saraiva informa que não está afastado o risco de os tribunais adotarem uma transparência de cristal cica. O TJ do Paraná, por exemplo, já decidiu que os seus contracheques não irão à web associados aos nomes dos beneficiários.
O ruim dos grupos de trabalho é que eles não permitem que mais ninguém cometa seus próprios erros individuais. Só podem ser cometidos os erros decididos coletivamente pelo grupo. Torça-se para que o time do CNJ leve em conta os interesses da coletividade que paga a conta. Do contrário…

Dia internacional de combate as drogas



Caminhada contra as drogas, no dia internacional de combate as drogas, reúne mais de 3 mil pessoas na Praça Santos Andrade, e segue pelo calçadão da Rua XV de Novembro até a Boca Maldita.
Curitiba, 26/06/2012
Foto: Maurilio Cheli/SMCS



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Curitiba arrecada R$ 28,3 milhões no leilão dos Cepacs



principal A Prefeitura de Curitiba obteve um resultado histórico no primeiro leilão dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Linha Verde, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) nesta terça-feira (26). A arrecadação foi de R$ 28.317.600,00, com a participação de 18 investidores.


O número de compradores dos títulos curitibanos foi recorde neste tipo de operação, segundo avaliação do Banco do Brasil. "Na primeira venda de títulos da Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, houve um investidor. Na operação Águas Espraiadas, também na capital paulista, houve 10 investidores e no Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, houve um investidor. A venda dos Cepacs da Linha Verde na Bovespa foi um sucesso entre as operações similares no Brasil", afirmou a diretora de mercado de Capitais e Investimentos do Banco do Brasil, Paolla Gray Caldas.
O leilão foi efetuado no mercado de balcão organizado da Bovespa, por meio do sistema eletrônico de negociação. Foram negociados 141.588 Cepacs, ao preço de R$ 200 cada título. "Curitiba mais uma vez está na frente mostrando a sua credibilidade. Vender quase R$ 30 milhões em Cepacs num primeiro leilão é um feito histórico. Os recursos serão aplicados em obras da Linha Verde Norte", disse o prefeito Luciano Ducci, que esteve em São Paulo e bateu o martelo da Bovespa para a venda dos títulos.
O leilão foi conduzido pelo diretor de Operações da Bolsa de Valores de São Paulo, André de Marco. A operação teve inicio às 12h30 e término às 12h47. Os recursos da venda dos certificados serão aplicados diretamente em obras na Linha Verde. "É dinheiro carimbado com destino garantido. Curitiba mostra que atrai investidores pelo bom planejamento e execução de obras", frisou Paolla Gray Caldas.
No total, a Operação Urbana Linha Verde prevê a emissão em etapas de 4,83 milhões Cepacs ao longo da vigência da Operação que é de 25 a 30 anos. Novos leilões serão realizados para a venda de todos os títulos.
Operação - Os títulos da Operação Urbana Linha Verde têm lastro no potencial de 4,47 milhões de metros quadrados de área adicional de construção. O potencial construtivo alcança uma faixa de 22 bairros, em uma área que liga Curitiba de Norte a Sul. Qualquer pessoa pode participar do leilão, basta procurar o Banco do Brasil ou as corretoras credenciadas pelo banco.
Os investimentos na área da Operação Urbana são auferidos mediante alienação em leilão público na Bolsa de Valores dos Certificados de Potencial Adicional de Construção. Toda operação urbana será gerenciada pela Câmara de Valores Mobiliários (CVM), os recursos ficarão em conta específica do Banco do Brasil e a aplicação deles será gerenciada pela Caixa Econômica Federal.
Operações urbanas consorciadas são intervenções pontuais realizadas sob coordenação do poder público e envolvendo a iniciativa privada, os moradores e os usuários do local, buscando alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e valorização ambiental.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Editorial Estadão - A vingança maligna de Maluf

 

O Estado de S.Paulo
Perto das imagens que estavam ontem na primeira página dos principais jornais do País, o fato de o PT de Lula ter ido buscar o apoio do PP de Paulo Maluf à candidatura do ex-ministro da Educação Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo chega a ser uma trivialidade. O chocante, pela abjeção, foi o líder petista se dobrar à exigência de quem ele já chamou de "ave de rapina" e "símbolo da pouca-vergonha nacional", indo à sua casa em companhia de Haddad, e posar em obscena confraternização, para que se consumasse o apalavrado negócio eleitoral.
Contrafeito de início, Lula logo silenciou os vagidos íntimos de desconforto que poderiam estragar os registros de sua rendição e cumpriu o seu papel com a naturalidade necessária, diante dos fotógrafos chamados a documentar o momento humilhante: ria e gesticulava como se estivesse com um velho amigo, enquanto o anfitrião, paternal, afagava o candidato com cara de tacho. Da mesma vez em que, já lá se vão quase 20 anos, colocou Maluf nas "nuvens de ladrões" que ameaçavam o Brasil, Lula disse que ele não passava de "um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão". Nunca antes - e talvez nunca depois - o petista terá errado tanto numa avaliação.
Criatura do regime militar, desde então com uma falta de escrúpulos que o capacitaria a fazer o diabo para satisfazer as suas ambições de poder, prestígio e riqueza, Maluf aprendeu a esconder sob um histrionismo não raro grotesco a sua verdadeira identidade de homem que calculava. As voltas que o País deu o empurraram para fora do proscênio - menos, evidentemente, no palco policial -, mas ele soube esperar a ocasião de mostrar ao petista quem era o bobo alegre. A sua vingança, como diria o inesquecível Chico Anísio, foi maligna. Colocou de joelhos não o Lula que desceu do Planalto para se jogar nos braços do povo embevecido, deixando lá em cima a sucessora que tirara do nada eleitoral, mas o Lula recém-saído de um câncer e cuja proverbial intuição política parece ter-se esvanecido.
Nos jardins malufistas da seleta Rua Costa Rica, anteontem, o campeão brasileiro de popularidade capitulava diante não só de sua bête noire de tempos idos, mas principalmente da patologia da sua maior obsessão: desmantelar o reduto tucano em São Paulo, primeiro na capital, na disputa deste ano, depois no Estado, em 2014, para impor a hegemonia petista ao País com a reeleição da presidente Dilma ou - por que não? - a volta dele próprio ao Planalto, "se a Dilma não quiser". Lula não é o único a acreditar que, em política, pecado é perder. Mas foi o único a dizer, em defesa das alianças profanas que fechou na Presidência, que, se viesse a fazer política no Brasil, Jesus teria de se aliar a Judas.
Não se trata, portanto, de ficar espantado com a disposição de Lula de levar a limites extravagantes o credo de que os fins justificam os meios. O que chama a atenção é a sua confiança nos superpoderes de que se acha detentor, graças aos quais, imagina, conseguirá dar a volta por cima na hora da verdade, elegendo Haddad e sufocando a memória da indecência a que se submeteu. Não parece passar por sua cabeça que um número talvez decisivo de eleitores possa preferir outros candidatos, não pelo confronto de méritos com o petista, mas por repulsa à genuflexão de seu patrono perante a figura que representa o que a política brasileira tem de pior.
Lula talvez não se dê conta de que a maioria das pessoas não é como ele: respeita quem se respeita e despreza os que se aviltam, ainda mais para ganhar uma eleição. Ele tampouco se lembrou de que, em São Paulo - berço do PT -, curvar-se a Maluf tem uma carga simbólica incomparavelmente mais pesada do que adular até mesmo um Sarney, por exemplo. Não se iluda o ex-presidente com o recuo da companheira de chapa do candidato, a ex-prefeita Luiza Erundina, do PSB. Ontem ela desistiu da candidatura a vice, como dera a entender na véspera ao dizer que "não aceitava" a aliança com Maluf. Razões outras que não o zelo pela própria biografia podem tê-la compelido, no entanto, a continuar apoiando Haddad. Já os eleitores de esquerda são livres para recusar-lhe o voto pela intolerável companhia.

sábado, 9 de junho de 2012

Lula divide, ultrapassa e não teme militância do PT - Ricardo Noblat: O Globo

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Fundo de pensão pode perder R$ 1,5 bilhão no Cruzeiro do Sul


na Folha.com

Fundos de pensão de estatais, Estados e municípios correm o risco de amargar prejuízos após terem investido pouco mais de R$ 1,5 bilhão no banco Cruzeiro do Sul.
A instituição financeira está sob intervenção do BC (Banco Central) desde segunda-feira (4), por problemas na contabilidade e no descumprimento de normas do sistema financeiro. O rombo detectado foi de R$ 1,3 bilhão.
Segundo reportagem do jornal "O Globo", entidades de previdência dos fundos de estatais aplicaram R$ 1,09 bilhão no banco. Instituições de servidores estaduais e municipais, por sua vez, creditaram R$ 426 milhões na instituição.
Em São Paulo, o futuro do Cruzeiro do Sul pode afetar créditos feitos por fundos de 22 municípios, como São Bernardo do Campo, Bauru e Catanduva.
Segundo o secretário de Previdência Social, Leonardo Rolim, apesar da ameaça, dificilmente o prejuízo para esses investidores será equivalente ao montante total aplicado.
"Esse R$ 1,5 bilhão não pode ser visto como dinheiro perdido", diz Rolim. "No caso do Banco Santos, que parecia ser mais sério, não houve prejuízo total [para os fundos de pensão]. Mais da metade das aplicações foram recuperadas".
Segundo o secretário, um estudo mais detalhado sobre quanto cada fundo aplicou deve ser finalizado na próxima terça-feira (12). "Imagino que a parte perdida será uma parcela pequena. Alguns fundos podem nem ter prejuízo, mas isso ainda precisa ser estudado e não é uma conta simples".
Por enquanto, ainda é preciso esperar que o BC conclua varredura na instituição para verificar se os ativos têm ou não lastro.
INTERVENÇÃO NO BANCO
Os dirigentes e controladores do banco Cruzeiro do Sul foram afastados pelo Banco Central e o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) foi nomeado administrador temporário, por 180 dias.
Mesmo sob o atual Raet (Regime de Administração Especial Temporária), a instituição financeira segue em funcionamento.
O prazo para pagamento de dívidas e as datas de vencimento de compromissos de terceiros com a instituição seguem o cronograma original.

Brasil assume a presidência do Mercosul



da Agência Brasil
Brasília - O Brasil assumiu hoje (8) a presidência pro tempore do Mercosul. Até o fim deste ano, caberá ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, coordenar conferências e grupos de trabalho que tratam de assuntos como segurança pública, gestão integrada de fronteiras e migração na região do Mercosul.
De acordo com o Ministério da Justiça, Cardozo dará continuidade às atividades de integração dos países, com ênfase no combate à criminalidade e no fortalecimento do acesso à Justiça. Além disso, os países devem ainda fortalecer as ações conjuntas com o objetivo de combater crimes como o narcotráfico e o tráfico de pessoas.
Um congresso envolvendo os Poderes Executivo e Judiciário dos países integrantes do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) vai discutir diagnósticos, análises e possibilidades sobre o tema. Segundo o Ministério da Justiça, data para o encontro entre os países ainda não foi definida.
A presidência do Mercosul é rotativa. A cada semestre, um dos quatro países assume a função.

Presidência da República desautoriza declaração de Mendes Ribeiro sobre Código Florestal



da Agência Brasil
Brasília - Depois de declarar que o governo vai negociar as emendas à medida provisória (MP) que trata do novo Código Florestal, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, foi desautorizado pela Presidência da República a falar sobre o tema.
“O ministro não está autorizado a falar sobre negociações envolvendo o Código Florestal”, afirmou hoje (9), o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
Segundo Traumann, Mendes Ribeiro Filho deu uma opinião pessoal sobre as negociações, que não reflete o posicionamento oficial do governo. A declaração foi dada ontem (8), depois de uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio da Alvorada.
Tanto o porta-voz da Presidência quanto a assessoria do Ministério da Agricultura garantem que, durante o encontro, a presidenta e o ministro trataram apenas do Plano Safra, que será lançado no final do mês. De acordo com as informações, em momento algum as negociações sobre Código Florestal foram discutidas na reunião.
Segundo assessoria do Ministério da Agricultura, o ministro Mendes Ribeiro Filho apenas respondeu a um jornalista que questionou sobre o andamento da medida provisória. “Não teríamos como nos posicionar sobre isso. O ministro falou sobre Código [Florestal] quando as discussões estavam com o governo. O texto agora está na fase de debates no Congresso Nacional. Não podemos nos posicionar agora”.
Ainda de acordo com os assessores, a situação não provocou qualquer constrangimento e o ministro já conversou com a presidenta Dilma Rousseff e não vai mais se pronunciar sobre o assunto.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

MEC autoriza criação de 1.615 vagas de Medicina em federais


no TERRA

Diário Oficial da União publicou em sua edição desta sexta-feira uma portaria do Ministério da Educação anunciando a criação de 1.615 novas vagas em cursos superiores de Medicina em universidades federais. Dessas, 220 vagas serão abertas em universidades novas.
A maior parte das vagas está concentrada nas regiões Nordeste (775), Norte (310) e Centro-Oeste (270). Sudeste e Sul serão contemplados com 220 e 40 novas vagas, respectivamente.
De acordo com a portaria, assinada pelo secretário de Educação Superior do MEC, Amaro Henrique Pessoa Lins, a expansão é autorizada no âmbito da autonomia das universidades e de acordo com a capacidade de cada instituição, "a fim de manter a qualidade no ensino".
Confira a relação completa das instituições que abrirão novas vagas:
Nordeste
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus São Luiz (MA) - 40 vagas
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Imperatriz (MA) - 80 vagas
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), campus Pinheiro (MA) - 40 vagas
Universidade Federal do Piauí (UFPI), campus Parnaíba (PI) - 80 vagas
Universidade Federal do Piauí (UFPI), campus Teresina (PI) - 40 vagas
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), campus João Pessoa (PB) - 25 vagas
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), campus Caruaru (PE) - 80 vagas
Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Maceió (AL) - 20 vagas
Universidade Federal de Alagoas (Ufal), campus Arapiraca (AL) - 60 vagas
Universidade Federal de Sergipe (UFS), campus Lagarto (SE) - 10 vagas
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), campus Caicó (RN) - 40 vagas
Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), campus Paulo Afonso (BA) - 40 vagas
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), campus Santo Antônio de Jesus (BA) - 60 vagas
Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOBA), campus Barreiras (BA) - 80 vagas
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFESBA), campus Itabuna (BA) - 80 vagas
Norte
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), campus Manaus (AM) - 48 vagas
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), campus Coari (AM) - 80 vagas
Universidade Federal do Acre (Ufac), campus Rio Branco (AC) - 40 vagas
Universidade Federal do Amapá (Unifap), campus Macapá (AP) - 30 vagas
Universidade Federal de Roraima (UFRR), campus Boa Vista (RR) - 52 vagas
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), campus Marabá (PA) - 60 vagas
Centro-Oeste
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Rondonópolis (MT) - 40 vagas
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), campus Sinop (MT) - 60 vagas
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus Três Lagoas (MS) - 60 vagas
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), campus Campo Grande (MS) - 20 vagas
Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD), campus Dourados (MS)- 30 vagas
Universidade Federal de Goiás (UFG), campus Jataí (GO)- 60 vagas
Sudeste
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus Diamantina (MG) - 60 vagas
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), campus Teófilo Otoni (MG) - 60 vagas
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), campus São João del-Rei (MG) - 80 vagas
Universidade Federal de Alfenas (Unifal), campus Alfenas (MG) - 60 vagas
Sul
Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), campus Passo Fundo (RS) - 40 vagas

Marcelo Adnet - Indiretas Já - Paródia da canção Roda Viva, de Chico Buarque


Duas maneiras para deter Lula - BARBARA GANCIA


BARBARA GANCIA 
na FOLHA DE S.PAULO



FANTÁSTICAS AS voltas que a vida dá. Está certo que ficar em casa assistindo Íbis x Moto Club do Maranhão é duro. Se nem mesmo o Schumacher, casado com um peixão, conseguiu se aposentar, que dirá nosso ex-presidente?
Fato é que Lula perdeu a "trebi­sonda", como se diz em italiano, "he's lost it", diriam lá em Kansas City. Camaradinha perdeu o rumo.
Não acerta uma desde a remissão do câncer -graças a Deus está cura­do, que o bom Senhor o mantenha em santa saúde- mas o homem des­compensou de vez, é incontestável. Supremo São Marco Aurélio está aí que não deixa mentir.
Não há nada que o detenha em seu messianismo que, pelo visto, vol­tou renovado e turbinado. Lula lembra Ayrton Senna, naquele epi­sódio em Mônaco, em que o cam­peão bateu no "guardrail" depois de alegar ter tido uma conversinha com Deus. Sair vivo desse namoro involuntário com a morte parece ter conferido ao ex-presidente ga­rantias ilusórias.
Tudo indica que estamos diante de "Lula, o invencível".
A descompensação é visível. ("Que coisa feia, Barbara, o homem acabou de sair de meses duríssi­mos, como ousa julgar?") Pois é, te­nho muito dó, mas, infelizmente, não estamos falando do meu vizi­nho ou de um brasileiro qualquer. Se Sarney não é, porque Lula seria?
Agora que se sente de novo em plena forma e mais vivo do que nunca, vemos que Lula não se mi­rou no exemplo de perseverança e humildade de seu cão fiel, Delúbio, que amargou calvário mudo e amarrado no quintal. O forte de nosso ex-presidente nunca foi a disciplina. Liberado para a vida normal, depois de meses cumprin­do regime rigoroso imposto pelos médicos, agora é que ninguém con­segue mais lhe impor limites.
Seu mundo é equidistante ao de Dilma, que fez seu "CPOR" na mar­ra, atrás das grades, em uma idade em que a sua geração estava dan­çando o iê-iê-iê.
Inclusive Marta Suplicy, que é a quem eu queria chegar quando co­mecei falando nas viradas da vida.
Quem se lembra de Marta na TV, com olhos de desenho animado, pronta a estrangular a eleitora? Aquela figura descontrolada e exausta de tanto pontificar e que­rer que sua maneira prevalecesse. No fim das contas, acabou fazendo uma prefeitura razoável -os CEUs são espetaculares, inclusive em termos de mudança de cultura.
Marta agora virou a voz da razão, do "Eu não avisei?" de que Serra se tornaria um Maluf 2.0, concorren­do ad eternum à prefeitura.
E os olhos do Homer Simpson, quem diria, foram parar na cara do Lula. Visivelmente escangalhado emocionalmente, ainda assim, ele se crê apto a costurar politicamen­te uma CPI (alô, Lula! Que tal man­dar o Cachoeira para uma prisão na Guiana Francesa?), sente-se no di­reito de manipular o destino do mensalão e pretende comandar as eleições. Só.
Não sei como João Santana viu sua performance no Ratinho. Colo­cou Haddad no mapa? Lula é intui­tivo e coisa e tal, mas foram tantos os absurdos a partir da primeira en­trevista pós recuperação que vejo apenas duas maneiras de lidar: 1) Dilma deve chamá-lo para uma conversinha "amiga" de dedo em riste, como as que usa para entreter seus ministros até as lágrimas. Se necessário, pode aplicar no traseiro do antecessor algumas palmadas usando, em vez de a mão, as pesqui­sas com os índices de popularidade de seu mandato e 2) Marta que dei­xe os ressentimentos de lado e co­loque urgentemente à disposição o telefone de sua amiga psicanalista, Eleonora Rosset.
Já para o divã, presidente!
barbara@uol.com.br
@ barbaragancia

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Governo prepara campanha nacional para estimular a adoção de crianças e adolescentes



da Agência Brasil
Brasília - Pai de duas filhas adotivas, de 7 anos e 9 anos, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu hoje (7) mais agilidade nos processos de adoção de crianças no Brasil. “Temos que buscar simplificar os procedimentos e dotar as varas da Infância e todo o processo [para adoção] de gente com qualificação suficiente. Fiquei três anos na fila da adoção, há gente que fica cinco anos, seis anos e há tantas crianças que precisam ser adotadas”, disse o ministro.
De acordo com Gilberto Carvalho, que participou da abertura do 17° Encontro Nacional de Apoio à Adoção, representando a presidenta Dilma Rousseff, o governo tem adotado medidas para facilitar os trâmites e está preparando uma campanha nacional para estimular a adoção de crianças e adolescentes. “A presidenta Dilma se comprometeu a fazer uma grande campanha nacional de adoção, o grande trabalho de conscientização da maravilha que é a adoção, de criar uma cultura da refamiliarização das crianças."
A melhoria dos abrigos e a redução do tempo de espera na fila de adoção para pais e crianças também fazem parte da política do governo. Em carta lida por Carvalho, a presidenta disse que as crianças que vivem fora do convívio familiar estão entre os grupos mais vulneráveis e que tem trabalhado para melhorar essas condições. “Desde o primeiro dia do meu mandato, temos fortalecido as ações e políticas de atenção e proteção às nossas crianças e aos nossos jovens, principalmente os mais pobres."
Na carta, Dilma louva o slogan "Unir para Cuidar" e parabeniza os organizadores do encontro. “Debater e criar ações de estímulo à adoção nos permitirá dar novos passos na garantia dos direitos de milhares de crianças e adolescentes brasileiros que vivem nas instituições de acolhimento em todo o país."
Segundo o ministro, o principal entrave a ser vencido é o tempo de espera e a solução para resolver esse problema é um parceria entre os Três Poderes.  “O Executivo e o Judiciário, sempre com o apoio do Legislativo, podem ajudar a resolver essa questão e acelerar esse processo. O que é feito hoje em três anos, quatro anos, pode perfeitamente ser realizado em um ano, sem que se rompam os procedimentos necessários, porque a adoção é cercada de cuidados."
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, que também participou do evento, prometeu se empenhar para reduzir o tempo e a burocracia nos processos de adoção. “Em nome do Judiciário brasileiro, compreendendo de modo especial o STF e o Conselho Nacional de Justiça, essas duas instituições que são casas de fazer destino, me coloco à disposição para colaborar e contribuir para facilitar os processos judiciais de adoção. A adoção é um direito que tem a criança de permanecer a um grupo familiar”, disse.
O professor Leonardo Boff partilha da opinião de Carvalho e de Britto e defende mecanismos mais ágeis para facilitar às crianças o acesso a uma família. “Às vezes demoram quatro anos ou cinco anos para que se crie a condição de adoção, as crianças já estão grandes e as pessoas desistem. A esperança é que a Justiça se mobilize para tornar o mais rápido possível a realização de um direito, que é ter uma família."
Em palestra para mais de 600 pessoas que assistiram a abertura do evento, Leonardo Boff disse que a adoção não é um mero ato jurídico, tem que “nascer do amor, do profundo sentimento do cuidado”. Teólogo, Boff citou que o primeiro exemplo de adoção foi o de São José, que adotou “o filho de Deus”.
Apesar da demora do atual sistema de adoção, o ministro e pai adotivo Gilberto Carvalho, diz que a espera vale a pena. “ Nossa vida mudou, é uma nova energia que chega a sua casa, te rejuvenesce, te dá essa alegria de ser chamado de pai de novo. Tenho três filhos naturais, é uma coisa maravilhosa”.
O encontro aberto hoje para discutir a adoção vai até sábado (9) e será encerrado pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário.
Edição: Andréa Quintiere

Tucanos do bico vermelho - ANTONIO DE SOUSA RAMALHO


ANTONIO DE SOUSA RAMALHO
NA folha de s.paulo



Recentemente lançado, o núcleo sindical do PSDB tem atraído a atenção da mídia, da sociedade e de sindicalistas de outras agremiações e todas as centrais sindicais.
São os "tucanos do bico vermelho", que enxergaram na reaproximação do PSDB com sindicalistas uma volta às origens do partido e da própria socialdemocracia, que tem como um dos alicerces o movimento sindical.
O PSDB quer ser para os sindicalistas um espaço aberto e democrático para que suas propostas sejam discutidas e depois defendidas nos parlamentos. O PSDB quer sindicalistas no partido, mas sem influenciar a atividade sindical. E, principalmente, sem aparelhar sindicatos ou centrais, como temos visto nos últimos dez anos, quando a central sindical que já foi única se transformou em centro de defesa dos interesses do governo.
E se o assunto for defesa do trabalhador, principalmente o mais humilde, é impossível defender esse governo como faz sistematicamente a central sindical que o apoia.
O PSDB arrumou a casa durante o governo FHC. E teve em Ruth Cardoso a inspiração para criar os programas sociais que, maquiados e renomeados, são a única bandeira deste governo a favor dos pobres. O Fome Zero, este sim de concepção petista, não matou a fome de ninguém. O núcleo sindical do PSDB não vai aplaudir tanta mentira.
E, por falar em aplausos, a claque sindical do governo aplaudiu todas as medidas afoitas e superficiais adotadas neste ano.
Relembrando: o pacotão de desoneração da folha de pagamento, que só beneficia alguns setores da indústria e ainda coloca em risco a previdência social; a redução do IPI, que faz a indústria automobilística sorrir, mas não faz nem cócegas na desindustrialização; e as mudanças nas regras da poupança, que mais uma vez não defendem os mais pobres.
Seria simples incluir um teto mínimo para que as novas regras fossem aplicadas. Por exemplo, contas abertas há mais de 20 anos e com saldo inferior a R$ 20 mil reais estariam isentas de mudanças e renderiam normalmente.
O BNDES continua financiando só grandes conglomerados e não olha para o pequeno e médio empreendedor, que dá emprego para 76% dos brasileiros -a central sindical do PT reclama baixinho. A presidente Dilma deixa a MP 556 caducar, impedindo que o trabalhador que receba até 12 mil por ano fique isento do IR -do lado de lá, silêncio.
Os sindicalistas do PSDB são contra o fim da contribuição sindical e já deixaram isso claro. Temos posições definidas sobre tudo o que possa ser feito para defender e ampliar os direitos dos trabalhadores.
O PSDB apostou na criação do seu núcleo sindical por acreditar que é necessário que os sindicalistas participem da vida partidária sem deixar de lado suas reivindicações. O que os tucanos do bico vermelho querem é que o Brasil volte ao rumo certo com ética, responsabilidade e muito trabalho.
Nossas posições são claras, sem meias verdade. Somos sindicalistas e não nos calaremos perante chantagens e malfeitos. Vamos fazer com que o núcleo sindical seja a voz do trabalhador dentro do partido e das aspirações sindicais, bandeiras do PSDB. Mas do jeito certo, com ética, sem colocar os estandartes do partido dentro de nenhum sindicato ou central sindical.


ANTONIO DE SOUSA RAMALHO, 63, é secretário nacional de Relações Trabalhistas e Sindicais do PSDB, presidente do núcleo sindical do partido e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de SP e vice-presidente da executiva da Força Sindical

Nosso papel não é a alfabetização hipertardia - PAULO GHIRALDELLI JR.




PAULO GHIRALDELLI JR.
NA FOLHA DE S.PAULO
Não há nenhum complô do governo Dilma contra as universidades federais. As universidades federais entraram em greve não por uma decisão do governo em diminuir a qualidade do ensino por meio de arrocho salarial.
Ao contrário, elas entraram em greve pela razão de que há uma despreocupação do governo Dilma em tomar cuidado para que as universidades federais não se transformem em grandes colégios.
Pela maneira como o nosso progresso se deu, acabamos por nos acomodar com a seguinte situação: se precisamos de pesquisa de ponta, parece que ficamos satisfeitos com o que faz a USP e a Unicamp. Se o nosso ensino médio público não funciona mais, parece que ficamos mais satisfeitos ainda em transformar toda a rede federal de ensino superior em um bom substituto para ele.
Desse modo, que o Estado de São Paulo arque em manter universidades com o nome de universidades, pois aí as federais poderão ter professores melhor pagos que os de ensino médio para fazer melhor o que o ensino médio fazia.
Não é que um governo sozinho tenha tomado essa decisão. Várias decisões de ordens diferentes foram tomadas nos governos FHC, Lula e agora Dilma. Todos colaboraram para que, no frigir dos ovos, esse fosse o resultado.
Como resultado, o que está se configurando é exatamente isto: não é necessário que o professor de ensino superior federal tenha o salário que tinha, já que as federais não conseguiram despontar no ranking mundial.
Ora, não há razão de termos mais ciência nacional, filosofia feita em casa e tecnologia para nós mesmos se, no cômputo maior, vamos trabalhar com importações e, no miúdo e contingente, com a USP e a Unicamp.
Esse pensamento não corre pela cabeça de ninguém individualmente. No entanto, é exatamente isso que aparece como a intenção que poderíamos imputar à política brasileira dos últimos 18 anos. Ninguém intencionou isso. Mas o resultado de intenções diversas e, talvez, até contrárias a essa situação está levando a ela.
O regime de trabalho de dedicação exclusiva do professor universitário deve ser preservado. Não se pode jogar fora a rede universitária federal como rede universitária. Ela não pode e não deve ser uma nova rede de alfabetização hipertardia, como ocorreu com as faculdades particulares criadas no boom do ensino superior gerado pela ditadura militar.
Vivemos o desprestígio do professor universitário, porque já se sente que ele deixará de ser um produtor para ser um reprodutor de conhecimento. É um efeito colateral do tipo de desenvolvimento que estamos tendo.
Um subproduto desse desenvolvimento é a busca de desenvolvimento pessoal de cada brasileiro sem que isso signifique ampliação de cultura. Pode significar conquista de diploma, mas não um salto para se transformar em um indivíduo melhor. Esse sonho do brasileiro de "se fazer pela educação" foi o sonho dos da classe média ou mesmo dos trabalhadores até 1970 ou 1980. Não é mais o que o brasileiro pensa.
A presidente Dilma faria muito se pudesse retardar essa desgraça, até que a sociedade, talvez por sorte, venha a acreditar que vale a pena ter bons professores universitários e que para tal se deve pagá-los com um salário que, na entrada dos anos 1990, não era ruim.
Pois, se a sociedade voltar a pensar assim, então o mecanismo normal do parlamento democrático, suscetível à população, funcionará em favor da universidade.


PAULO GHIRALDELLI JR., 54, é filósofo, professor da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro) e autor, entre outros, de "Lições de Paulo Freire" (editora Manole)

Mão pesada - ELIANE CANTANHÊDE


ELIANE CANTANHÊDE na FOLHA


 Todos os prefeitos, governadores e presidentes em primeiro mandato têm, com raras exceções, o direito, ou o privilégio, de concorrer à reeleição. Menos o prefeito de Recife, João da Costa, do PT.
Parte do PT, parte da Frente Popular e a cúpula nacional petista alegam que sua gestão é mal avaliada e que ele, apesar do cargo, está praticamente empatado com o ex-governador Mendonça Filho, do DEM.
Esquecem-se de que João da Costa lidera, na prática, as pesquisas e que, nas últimas eleições, Mendonça sempre largou bem, mas não levou.
Criado o impasse, o PT usa sua mão pesada para intervir no diretório, na eleição e no destino de João da Costa, que ganhou a consulta interna petista, entrou na Justiça para tentar garantir o processo e esperneia o quanto pode para simplesmente manter o que chama de "direito natural" de disputar a reeleição.
Maurício Rands, derrotado na consulta, saiu do páreo e abriu a porta para que a Executiva Nacional fizesse o que queria fazer desde o início: lançar o senador e ex-ministro Humberto Costa, relator do caso Demóstenes Torres no Conselho de Ética.
Costa tem excelentes chances de vitória, como teria qualquer candidato do PT com apoio do governador Eduardo Campos (PSB), do ex-prefeito João Paulo (PT), de Dilma e, "last but not least", de Lula. Mas deixando um rastro de descontentes no PT.
João da Costa está sendo jogado da janela como já foram Marta Suplicy em São Paulo, Vladimir Palmeira no Rio, Raul Pont em Porto Alegre, Olívio Dutra no Rio Grande do Sul e Domingos Dutra no Maranhão -humilhado para que o PT jogasse fora as bandeiras vermelhas que brandiu por décadas contra os Sarney para cumprir um capricho de Lula e apoiar Roseana.
Se é que Costa não vá se guiar pela brava Luizianne Lins, que peitou o PT nacional, disputou e venceu as eleições em Fortaleza. Difícil. Não há muitas Luiziannes por aí.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Sarney põe em pauta proposta que proíbe voto secreto em cassações


Terra

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou que o projeto que proíbe o voto secreto em julgamentos de perda de mandato parlamentar seja votado na próxima semana. A Proposta de Emenda a Constituição (PEC) é de 2006 e estava engavetada há anos.
O texto de lei altera de voto secreto para aberto em decisões sobre a cassação de mandatos e vetos presidenciais. A votação está na pauta do plenário para o dia 13. Caso o projeto seja aprovado no Senado, seguirá para aprovação da Câmara dos Deputados. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) acredita que, se houver boa vontade política, a nova regra pode valer inclusive para o caso Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de envolvimento com o contraventor Carlinhos Cachoeira.
"Com vontade política aprovamos rápido, há mais de dois anos o projeto está na gaveta, prontinho para ser votado", disse o líder tucano.

TCE-PR divulga lista com mais de mil inelegíveis para outubro



ROGER PEREIRA
Direto de Curitiba no Terra



O Tribunal de Contas do Estado (TCE) publicou ontem a lista dos gestores públicos que tiveram contas desaprovadas, e, com isso, estão inelegíveis nas eleições de outubro deste ano. Cópia da lista também foi entregue ao Ministério Público Eleitoral, que será responsável por eventuais impugnações de candidaturas.
São 1.098 nomes que aparecem em 1.630 ocorrências. Este ano a lista está ampliada, uma vez que a legislação eleitoral prevê que sejam relacionados todos os ordenadores de despesas que tiveram contas desaprovadas ao longo dos últimos oito, ao invés de cinco anos, como ocorreu nas últimas eleições. Naquela ocasião, o total de inscritos na relação chegou a 1.025 nomes.
A listagem a ser apresentada neste ano tem novidades. Além de ser encaminhada em meio eletrônico, apresenta links onde o juiz eleitoral poderá ter acesso imediato ao acórdão e ao processo que originou a desaprovação da conta. Com isso, o procedimento de análise ficará mais simples e rápido. "Também estamos criando um canal de comunicação direto com a justiça eleitoral para prestação de informações complementares que forem necessárias", explica o presidente do TCE, Fernando Augusto Guimarães. A lista também aponta se o ordenador de despesa foi condenado a efetuar devolução de recursos públicos ou não. Ainda será possível consultar sobre a aprovação ou não do parecer prévio do TCE sobre as contas dos prefeitos pelas Câmaras Municipais.
São diversos os motivos que levam à desaprovação de contas. No caso dos municípios se relacionam ausência da realização ou o fracionamento da licitação, não cumprimento das resoluções e prazos fixados para a entrega dos documentos contábeis, questões relativas ao sistema de controle interno dos municípios, não cumprimento das determinações constantes nos pareceres prévios de exercícios anteriores, relativo à devolução de verbas do Fundef/Fundeb, contratação de pessoal sem a realização de concurso público, falhas técnicas na abertura e contabilização de créditos adicionais, relação de restos a pagar que não atende às exigências fixadas em legislação e inexistência de cobrança da dívida ativa do município, dentre outras.
Poucos nomes famosos
Os nomes mais "famosos" da lista não serão atingidos pela inelegibilidade, ao menos este ano. Estão na lista do TCE o prefeito de Foz do Iguaçu, Paulo Macdonald (PDT), e o de Paranguá, José Baka Filho (PDT), por exemplo. Ambos em segundo mandato, nenhum dos prefeitos será candidato neste ano, mas terão que resolver suas pendências com a corte de contas se quiserem seguir na vida pública. Outros já se afastaram da carreira política, como o ex-prefeito de Maringá, Jairo Gianoto, que tem na desaprovação de contas pelo TCE um dos menores problemas, já que responde por ações criminais do período em que governou a cidade, entre 1997 e 2000. Estão na lista, ainda, alguns ex-prefeitos já falecidos como Newton Luiz Puppi, de Campo Largo, Elcio Berti, de Bocaiúva do Sul.
A lista conta ainda com os nomes do ex-prefeito de Irati Antônio Toti Colaço Vaz, Miguel Jamur, de Guaratuba e Albino Corazza Neto, de Toledo. Seguem na relação de inelegíveis do TCE o ex-reitor da Universidade Federal do Paraná e candidato do PMDB à prefeitura de Curitiba em 2008, Carlos Augusto Moreira Júnior; Emerson Nerone e Roque Zimmermann, secretários do Trabalho no governo Requião; e Lygia Pupatto, ex-secretária de Ciência e Tecnologia. A grande ausência foi a do ex-deputado Antonio Belinati (PP), que por contar nesta lista de inelegíveis teve a vitória na disputa pela prefeitura de Londrina impugnada em 2008. Belinati, no entanto, não deve ter a candidatura autorizada pela Justiça Eleitoral por conta da Lei do Ficha Limpa, uma vez que tem condenação por improbidade administrativa.
A lista completa pode ser acessada aqui.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

PPS vai ao TRE contra campanha de Haddad no programa do Ratinho


Por: Portal R7 

Lula usou programa do SBT para fazer propaganda de Haddad

O diretório estadual do PPS de São Paulo ingressará no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a exibição feita pelo programa do Ratinho, do SBT, da entrevista com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acompanhado do pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. O programa foi ao ar nesta quinta-feira. Em nota, o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), considera que Lula dá uma demonstração ao país de seu total desprezo pelas leis e pelo estado de direito, e critica o empresário Silvio Santos, dono da emissora, pelo favor prestado ao PT ao arrepio da lei eleitoral.

— Mais uma vez, o ex-presidente Lula dá uma demonstração ao país de seu total desprezo pelas leis e pelo estado de direito. Ao levar seu candidato a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, ao programa do Ratinho, Lula não procurou nem mesmo fingir seu claro propósito: fazer propaganda eleitoral antecipada a favor de seu escolhido. Mas o fato de isso ter acontecido em um canal de televisão aberto torna a situação ainda mais grave. 

Freire argumenta ainda que apresentou um projeto de lei que acaba com o conceito de propaganda extemporânea.

—Enquanto esse projeto não for aprovado, o que o ex-presidente e seu candidato fizeram é um ilícito leitoral. A lei não permite que um pré-candidato, acompanhado de seu principal cabo eleitoral, transforme um programa de televisão em um palanque de campanha. A igualdade entre os candidatos a prefeito está ameaçada. Esperamos que a Justiça Eleitoral cumpra o seu papel com o rigor que o caso exige.

BB reduz taxa de juros para novos contratos de crédito imobiliário



da Agência Brasil
Brasília - O Banco do Brasil (BB) anunciou hoje (1º) novo modelo de composição de taxas para crédito imobiliário, com redução de até 21% nos juros, para contratos assinados a partir da próxima segunda-feira (4). Segundo o BB, os clientes que não atrasarem as prestações, terão a redução de 0,5 ponto percentual na taxa de juros. Outro 0,5 ponto percentual de redução na taxa será obtido com a manutenção da conta salário no BB.
Segundo o banco, para aquisição de imóveis de até R$ 500 mil, por exemplo, a taxa de juros foi reduzida de 10% ao ano mais Taxa Referencial (TR) para 8,9% ao ano mais TR, para todos os clientes do banco. Com o pagamento das prestações em dia, a taxa cairá para 8,4% ao ano mais TR. Se o cliente também receber o salário no Banco do Brasil, a taxa será de 7,9% ao ano mais TR, o que resulta em 21% de redução na taxa de juros.
Pelos cálculos do BB, em um financiamento de R$ 240 mil, em 300 meses, a economia gerada para o cliente poderá ser de até R$ 2,272 mil no primeiro ano e de aproximadamente R$ 28 mil no total.
Outro exemplo é a aquisição de imóveis acima de R$ 500 mil, que teve taxa de juros reduzida em até 18,18%. A redução será de 11% ao ano mais TR para 10% ao ano mais TR, podendo cair para 9,5% ao ano, se o cliente pagar em dia suas prestações, e para 9% ao ano se o cliente também mantiver sua conta salário no banco. A economia gerada para o cliente com financiamento de R$ 360 mil, em 300 meses, poderá ser de até R$ 3,376 mil no primeiro ano e de aproximadamente R$ 41,5 mil no total.
De acordo com o BB, o cálculo da bonificação é automático e será realizado mensalmente, não sendo necessária nenhuma ação por parte do cliente, apenas manter as prestações em dia e escolher o BB como banco de relacionamento.
Os clientes que já têm contrato com o banco não vão poder contar com a taxa de juros reduzida, segundo o diretor de Crédito Imobiliário do BB, Gueitiro Matsuo Genso. Segundo ele, há “uma série de custos” que impedem a redução da taxa para os clientes que já têm contratos assinados.
O BB começou a operar crédito imobiliário em 2008 e espera, até o início de 2015, subir do quinto para o segundo lugar no ranking de bancos que mais oferecerem esse tipo de financiamento. Em primeiro lugar está a Caixa, seguida pelo Bradesco. “Vamos ter um mercado cada vez mais competitivo. O crédito imobiliário fideliza o cliente e tem garantia real”, afirmou o vice-presidente de Negócios de Varejo, Alexandre Abreu. Como financiamento imobiliário tem longo prazo, o banco pode oferecer outros produtos e serviços.
De acordo com Genso, a instituição trabalha no sentido de melhorar o serviço e diminuir o prazo de liberação dos financiamentos, prejudicado, segundo ele, pelo pouco tempo de operação do banco com crédito imobiliário. “O crédito imobiliário é diferente das outras carteiras. Depende de documentação”, afirmou. Segundo Genso, o BB está fazendo investimentos para agilizar o processo.
O BB oferece crédito imobiliário para imóveis residenciais, novos ou usados, com prazo de pagamento de até 360 meses e financiamento de até 90% do valor do imóvel. O saldo do crédito imobiliário do BB no primeiro trimestre de 2012 ficou em R$ 8,6 bilhões, o que representa expansão de 107,3%, em 12 meses.
Os desembolsos no trimestre atingiram R$ 1,3 bilhão, 57,8% a mais do que o observado no primeiro trimestre de 2011. O volume de negócios com pessoas jurídicas chegou a R$ 357,4 milhões e com pessoas físicas a R$ 975,2 milhões.

Em reunião da ONU, Brasil rechaça intervenção militar na Síria



da Agência Brasil
Brasília - O Brasil rechaçou hoje (1º) a possibilidade de adoção de uma resolução em favor de intervenção militar na Síria na tentativa de conter a série de violência na região. A embaixadora do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Maria Nazareth Farani Azevêdo, defendeu que as autoridades sírias solucionem o impasse internamente, mas que uma Comissão de Inquérito das Nações Unidas investigue as denúncias de violações de direitos humanos no país. O assunto foi tema de uma sessão extraordinária do Conselho de Direitos Humanos da ONU sobre a situação na Síria.
“Não há solução militar para a atual crise na Síria, e o governo sírio é o principal responsável por criar as condições necessárias para que o plano de seis pontos [negociado pelo emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan] possa prosperar”, disse a embaixadora, na sessão extraordinária, em Genebra, na Suíça. “Estamos extremamente preocupados com os relatos que descrevem a atual situação na Síria como de pré-guerra civil”, completou.
A possibilidade de intervenção militar é defendida pela embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, os esforços diplomáticos não têm sido suficientes para conter a violência na Síria. Porém, os Estados Unidos defendem que a intervenção ocorra apenas com o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas – no qual há resistências da Rússia, que é contra a medida.
Segundo a embaixadora Maria Nazareth Azevêdo, há um “senso de urgência” na Síria devido aos relatos de massacre, como o ocorrido em Houla, no dia 27, matando 108 pessoas, inclusive crianças.
“[Condenamos] nos termos mais fortes possíveis os assassinatos, confirmados por observadores das Nações Unidas, de dezenas de homens, mulheres e crianças e ferimentos de centenas na aldeia de El-Houleh, perto de Homs”, ressaltou ela.
Para a representante do Brasil, é essencial que o governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, coopere com as ações em busca da implementação da paz na região. “É imperativo que o governo sírio coopere plenamente com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria e ponha fim imediato ao movimento de tropas em direção às áreas urbanas”, disse.
A embaixadora reiterou a necessidade de investigar as acusações de crimes de violação de direitos humanos e contra a humanidade na Síria. “Em conformidade com o nosso apoio a todas as resoluções anteriores sobre abusos de direitos humanos na Síria adotadas por este Conselho, pela Assembleia Geral da ONU e pela Unesco, o Brasil insta a Comissão de Inquérito a investigar as mortes e estabelecer responsabilidades por esses crimes”, disse a diplomata.