sexta-feira, 15 de março de 2013

Dilma oficializa troca na Agricultura, no Trabalho e na Aviação Civil


ANDRÉIA SADI
DE 'PAINEL', DE BRASÍLIA na Folha de S.Paulo


A presidente Dilma Rousseff oficializou nesta sexta-feira trocas em três ministérios: Moreira Franco (PMDB-RJ) irá para a Aviação Civil, o deputado federal Antônio Andrade (PMDB-MG) para Agricultura e Manoel Dias (PDT) para o Trabalho. As mudanças fazem parte da reforma ministerial da presidente.
O anúncio será feito na tarde desta sexta, com agradecimento aos antecessores.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos, a cargo de Moreira, não será ocupada pelo PMDB: ficará com o interino da pasta. Anteriormente, a expectativa era que Mendes Ribeiro, desalojado da Agricultura, poderia assumir o cargo.
Devido à viagem de Dilma a Roma, para participar da missa que vai inaugurar o pontificado do papa Francisco, as posses ocorrerão neste sábado (15), no Palácio do Planalto.
A troca de Mendes Ribeiro por Andrade faz parte de um pagamento pelo apoio do PMDB mineiro à candidatura do petista Patrus Ananias para Prefeitura de Belo Horizonte, na eleição de 2012.
Já no Trabalho, pasta controlada pelo PDT, Manoel Dias substituirá Brizola Neto, desafeto de Carlos Lupi, presidente da legenda e demitido por Dilma após denúncias de irregularidades em 2011.
A troca por um aliado de Lupi visa garantir apoio do partido à presidente na eleição presidencial de 2014.
Já as vagas para o PSD de Gilberto Kassab só deverão ser anunciadas no mês que vem.
PSD
Após meses negociando a entrada do PSD no governo, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab disse ontem que o partido não deve assumir um ministério neste momento. Em jantar com a presidente, ele afirmou que ainda é cedo para se comprometer com o apoio ao governo e à reeleição de Dilma em 2014.
Kassab disse à presidente que continua disposto a apoiá-la, mas decidiu que não fará nenhuma indicação por enquanto. "Não teria sentido integrar o governo agora. Vamos manter nossa independência, mas apoiando o governo em tudo que for bom para o país", afirmou.
Ao recusar-se a indicar nomes do PSD para um ministério, o ex-prefeito deixou uma porta aberta ao dizer a Dilma que o partido não vai se opor se ela quiser nomear alguém filiado à sigla para algum cargo em "caráter pessoal".
A ressalva permite que a presidente mantenha em seus planos o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, que é do PSD e está cotado para assumir o recém-criado Ministério da Micro e Pequena Empresa.

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