quarta-feira, 26 de março de 2014

“A enlouquecida perseguição de Gleisi Hoffmann contra o Paraná”


por Ademar Traiano*

Surgem novas provas da perseguição contra o Paraná por parte do PT. Uma perseguição que começou e se tornou selvagem depois de 8 de junho de 2011, quando a senadora petista Gleisi Hoffmann assumiu a Casa Civil – ministério encarregado de encaminhar os pedidos de empréstimos para a avaliação do Senado.
A perseguição faz parte de uma estratégia petista para enfraquecer o estado para tentar facilitar a eleição da própria Gleisi ao governo do estado. A Gazeta do Povo divulgou um levantamento devastador sobre os empréstimos. Lendo a matéria com atenção fica claro que Gleisi Hoffmann, primeiro como ministra da Casa Civil, depois como senadora, opera 24 horas por dia contra os interesses do Paraná.
Gleisi e o PT negam, histericamente, as denúncias de perseguição. A melhor forma de colocar essa questão em pratos limpos é reproduzir dados do levantamento produzido pela Gazeta, todo ele baseado em dados oficiais do próprio governo federal. Vamos a eles:
- “O Paraná é a unidade da federação com menor número de autorizações do governo federal para realizar empréstimos ao longo da gestão Dilma Rousseff. Desde 2011, o estado recebeu aval definitivo da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) para apenas duas negociações, que somam R$ 953,5 milhões”. [Incluindo o empréstimo para a Arena da Baixada. Para comparação, Santa Catarina recebeu R$ 9,78 bilhões, dez vezes mais].
- “R$ 87 por paranaense é a média de recursos de empréstimos liberados pela STN ao estado”. [O Rio Grande do Sul, estado com porte semelhante ao do Paraná recebeu R$ 435 por habitante. Ou seja, um gaúcho vale 5 paranaenses. Santa Catarina teve R$ 9,78 bilhões liberados, ou R$ 1.474 por habitante, um catarinense vale 17 paranaenses].
- “O Paraná também fica em último lugar quando é feita a proporção entre o volume de recursos das operações e os habitantes de cada estado. Nesse caso, a STN autorizou R$ 87 por paranaense – 44 vezes menos do que os R$ 3.859 por liberados por morador do Amapá, que está no topo do ranking”.
- “Em um cálculo que leva em consideração as riquezas produzidas por unidade da federação, o volume de empréstimos liberados para o Paraná corresponde a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. O índice mais próximo é o de São Paulo – 1,5%” [Quase quatro vezes mais que o Paraná].
- “As dificuldades da gestão Beto Richa (PSDB) para conseguir as autorizações da STN começaram no segundo semestre de 2011″. [Por uma incrível 'coincidência', justamente o momento que Gleisi Hoffmann assumiu a Casa Civil].
O retrato da discriminação pode ser completado com outros elementos. O Paraná é o único estado brasileiro a não receber o Proinveste. Programa lançado em 2012, para combater os efeitos da crise de 2008. O dinheiro (R$ 817 milhões) continua bloqueado apesar de existir até liminar do STF determinando sua liberação.
É mentira que o Paraná está sem condições de receber empréstimos devido a sua situação financeira. O estado jamais rompeu o limite fatal de comprometimento de 49% das receitas com folha. Estados que romperam esse limite, como a Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Sergipe, receberam o Proinveste e outros empréstimos.
A Gazeta do Povo informa que outros governos do PSDB não foram alvo de discriminação. A explicação é simples: Esses estados não tiveram a “sorte” de ter uma Gleisi Hoffman, enlouquecida pela ambição, nomeada para a Casa Civil.
Recibo – Arno Augustin, secretário do Tesouro Nacional, homem que está desrespeitando ordem judicial para liberar o Proinveste para o Paraná, emitiu nota tentando explicar a perseguição ao Paraná mostrada pela Gazeta. Apontado como principal responsável pelo rebaixamento na classificação de risco do Brasil, pela maquiagem nas contas do governo federal, Augustin encontrou outro pretexto para não liberar o empréstimo. Quanta criatividade!

*Ademar Traiano é deputado estadual pelo PSDB e líder do governo Beto Richa na Assembleia Legislativa. Ele escreve às quartas-feiras sobre governo e parlamento.


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