terça-feira, 25 de março de 2014

Aulas especiais garantem autonomia para estudantes cegos ou com baixa visão


Há um ano as tardes da aluna Laura Kaiser, 13 anos, do 8° ano do ensino fundamental, passaram a ser mais animadas e produtivas. Laura e outros 150 colegas participam diariamente das atividades educacionais especiais na área visual, no contraturno da Escola Professor Osni Macedo Saldanha, na Modalidade Especial, em Curitiba.

Pela manhã Laura estuda no Colégio Estadual Dom Pedro II e no período do contraturno participa das aulas multifuncionais especializadas na área visual desenvolvidas com acompanhamento pedagógico. São atividades de orientação e mobilidade, vida autônoma, Braille e soroban (um instrumento de cálculo), entre outras. “Antes eu tinha apenas aulas de Braille. Agora tenho várias atividades que estão me ajudando a desenvolver novas habilidades ”, conta a aluna que tem baixa visão.

Durante as aulas de orientação e mobilidade os alunos aprendem técnicas para as diversas situações do cotidiano. “Essas técnicas vão ajudá-los a desenvolverem atividades diárias sem a ajuda de outras pessoas”, explica a professora Lilian Merege Biglia.

O aluno Luiz Guilherme, 15 anos, do 1° ano do ensino médio, participa das aulas de contraturno há sete meses. Antes, Luiz participava apenas das atividades de apoio escolar em outra instituição. De acordo com ele, tudo mudou depois que iniciou as atividades desenvolvidas na escola. “Eu já aprendi muitas coisas aqui que eu não sabia, como fazer a minha assinatura com letra cursiva”, revela Guilherme. 

Durante as aulas de vida autônoma, os professores simulam situações cotidianas como pegar ônibus, escrever com letra cursiva e cozinhar. “São habilidades que dão aos alunos a autonomia para ter uma vida normal, sem depender que outras pessoas os ajudem nessas situações”, diz a professora Regina Katkoski. 

Durante à tarde os alunos têm ainda aulas de reforço escolar, educação física, arte e informática, com acompanhamento de professores da rede estadual de ensino. Os materiais para as atividades também são oferecidos pela Secretaria de Estado da Educação.

No Paraná, 250 escolas estaduais e municipais contam com salas de recursos com atividades multifuncionais na área visual para alunos cegos e de baixa visão. A secretaria mantém também convênio com outras seis instituições especializadas na área visual e seis escolas de educação básica na modalidade especial. 

Saiba mais sobre o trabalho do governo do Estado em: http:///www.facebook.com/governopr ewww.pr.gov.br

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