Eduardo Magossi - O Estado de S.Paulo
Apesar de as cotações do etanol ao produtor já estarem caindo há uma semana, o pico dos preços cobrado ao consumidor nos postos de combustíveis ainda não foi atingido, na avaliação do presidente do Sindicato Nacional doas Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz.
Segundo ele, o preço do hidratado nos postos deve continuar subindo até a primeira quinzena de abril. Vaz disse também que o consumo de hidratado já caiu pela metade na semana passada em relação à média semanal de janeiro e fevereiro.
"Enquanto em janeiro e fevereiro o consumo médio de hidratado foi de 166 milhões de litros por semana, esse consumo foi de 85 milhões de litros na semana terminada em 26 de março", disse ele, referindo-se aos dados das empresas filiadas ao Sindicom, que representam 60% do setor.
A expectativa é de que o consumo de hidratado continue retraído até meados de maio, quando um volume maior de etanol começará a entrar no mercado. "A queda registrada até agora nos preços ao produtor vai ser repassada na forma de 4 a 5 centavos apenas ao preço final nos postos", disse o executivo.
Safra. A safra de cana-de-açúcar 2011/12 deve atender apenas 45% da frota flex do Brasil, de acordo com afirmação do presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank. Segundo ele, estudo realizado pela Copersucar e pela Unica mostra que, para atingir um patamar de 66% da frota flex usando etanol, a cana necessária seria de 775,6 milhões de toneladas. Na safra 2011/12, a estimativa é de uma produção brasileira de 632 milhões de toneladas.
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