Alain Frachon
Uma rajada de tiros sem aviso contra uma manifestação política pacífica num estádio. Civis cercados pelo exército e assassinados no local com armas automáticas, punhais, baionetas, apanhando até a morte com tábuas de pregos. Mulheres estupradas por dezenas de homens e atrozmente mutiladas, outras retiradas para servir como "escravas sexuais" nos campos do exército e nas casas de veraneio dos oficiais.
A comissão da ONU sobre os acontecimentos da Guiné julgou que os massacres e outras violências perpetradas em 28 de setembro e nos dias seguintes em Conacri, capital do país, constituem "crime contra a humanidade".
Num relatório entre na noite de sábado, 19 de dezembro, ao Conselho de Segurança, a comissão atribui a responsabilidade ao chefe de Estado da Guiné: "A comissão considera que existem razões suficientes para presumir uma responsabilidade penal direta do presidente Moussa Dadis Camara".
Os três relatores descreveram, ao longo de cerca de 60 páginas precisas e detalhadas, não um dia de confrontos políticos que acabou mal, mas uma série de assassinatos "sistemáticos", estupros e atos de tortura "organizados" contra uma parte da população.
Eles pedem que o Tribunal Penal Internacional assuma o caso e citam várias pessoas do círculo direto de Camara como supostos responsáveis, junto com ele, por estes "crimes contra a humanidade". Leia na Íntegra http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/lemonde/2009/12/23/ult580u4107.jhtm
No uol
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