DO 50 Anos de Textos
Por Sérgio Vaz
Tecnicalidades à parte, o que fica é que, entre o clã Sarney e a liberdade de imprensa, o Supremo optou pelo clã Sarney
Sei, sei, sei: tem aquele axioma que diz que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. E há as tecnicalidades jurídicas. O advogado referiu-se à alínea C do parágrafo 4, mas esse assunto deveria ser tratado na alínea Z do parágrafo 7, então seu pedido não vale , está negado – e páf, bate-se o martelo.
Tem tudo isso, e eu não sou jurista, sequer bacharel em Direito pela Faculdade de São José do Pito Acesso – mas a decisão do Supremo Tribunal Federal de manter a censura ao jornal O Estado de S. Paulo é, no mínimo, espantosa, chocante.
A notícia:
“18h36, 10 de dezembro de 2009 - O relator Cezar Peluso acaba de anunciar a manutenção da censura contra o Estadão. O STF extinguiu o processo por seis votos a três. Votaram contra o deferimento os ministros Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Eros Grau, Ellen Gracie, Ricardo Lewandowski e José Dias Toffoli. Pelo deferimento votaram Carlos Ayres Britto, Celso de Mello e Cármen Lúcia.”
“Para o ministro relator do processo, Cezar Peluso, a reclamação protocolada pelo jornal não preenche os requisitos formais para a análise.”
É espantoso, chocante. Para dizer o mínimo.
O Supremo é uma Corte também política. Continua aqui => http://50anosdetextos.com.br/2009/12/10/o-supremo-decide-pela-manutencao-da-censura-e-chocante/#more-427
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