sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Festa de Sérgio Guerra tem PT e PSB em ninho tucano


na Folha.com
Horas depois de o ex-ministro José Dirceu alertar o comando petista sobre a aproximação do PSB com o PSDB, os presidentes nacionais das duas siglas --o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o deputado federal Sérgio Guerra (PE)-- comemoraram o aniversário do líder tucano no dúplex de cobertura do congressista, em Jaboatão dos Guararapes (região metropolitana de Recife).
A festa, que reuniu ainda os ex-governadores do PSDB de São Paulo José Serra e do Ceará Tasso Jereissati, e os senadores do partido Eduardo Azeredo (MG), Alvaro Dias (PR) e Cássio Cunha Lima (PB), contou até com a participação de uma liderança do PT em Pernambuco, o prefeito de Recife, João da Costa.
Convidados para o evento, os senadores Aécio Neves (MG) e Aloysio Nunes (SP) não apareceram. O nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não constava na lista da festa, de 96 nomes.
Os convidados dividiram-se em duas alas. Na parte inferior do dúplex predominavam os políticos locais e convidados pessoais de Guerra. O andar superior foi ocupado por governadores, senadores e políticos de alta patente. A área aberta da piscina, onde dois grupos musicais se revezavam, era a preferida por eles.
A chegada de Serra, no final da noite, surpreendeu os convidados, que já não o esperavam. Ele foi um dos últimos a chegar, às 23h15 (0h15 em Brasília). Disse que teve problemas com o voo e se atrasou. O ex-governador foi levado rapidamente para o segundo andar, ao lado da piscina.
Serra cumprimentou a todos e parou por mais tempo para falar com Guerra e o governador de Alagoas, Teotonio Vilela (PSDB). Depois circulou pelo apartamento.
MINORIA AUTORITÁRIA
No início da madrugada, o ex-governador falou sobre os protestos dos estudantes da USP. "É uma minoria autoritária, seja na ocupação da universidade, seja na decretação da greve sem ter maioria", afirmou.
Sobre a presença da Polícia Militar no campus, ele disse que apoia a medida. "A polícia, quem pediu foi a universidade, porque houve um assassinato lá. O índice de queda de crimes dentro da universidade depois que a PM entrou caiu verticalmente", declarou.
Ainda segundo Serra, a presença policial na USP "não tem nada a ver com as questões da época da ditadura, quando a repressão estava lá para reprimir a liberdade de opinião, de manifestação" disse. "É completamente diferente", afirmou.

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