quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dilma testa nome de Ideli Salvatti como articuladora



Ex-senadora pode ocupar vaga de Luiz Sérgio na coordenação política no Planalto

Por Fernando Rodrigues
A presidente Dilma Rousseff está trabalhando para viabilizar politicamente o nome da ex-senadora e atual ministra da Pesca e da Aquicultura para o lugar de Luiz Sérgio, atual titular da Secretaria de Relações Institucionais.

O Blog perguntou hoje em Brasília a um interlocutor da presidente se a saída de Luiz Sérgio era para daqui a uma semana, um mês ou dois meses. A resposta: “Uma semana, no máximo”.

Como nos corredores do Palácio do Planalto o nome de Ideli Salvatti é dado como mais provável para a articulação política, o Blog quis saber quais as chances da política de Santa Catarina: “Ela ainda precisa se viabilizar por si própria”.

Dilma está ajudando nessa viabilização. Por coincidência, a presidente tinha uma agenda já programada para hoje (9.jun.2011) em Santa Catarina. Viajou e levou no avião presidencial Ideli Salvatti. A ideia é sinalizar para o meio político que esse deve ser o novo nome para a articulação política do governo federal. Em seguida, fazer uma rápida coleta de reações até amanhã, quando pode ser consumada a nomeação.

O único obstáculo que separa Ideli da articulação política de Dilma é uma reação muito forte e virulenta contra seu nome por parte de partidos aliados ao Planalto, sobretudo o PT e o PMDB.

Apesar de ser filiada ao PT, Ideli está longe de ser um consenso na legenda. Mas essa não uma prerrogativa exclusiva sua. Os petistas andam fracionados além do normal por causa do pouco apetite de Dilma Rousseff nos últimos meses para trabalhar como amalgama das diferentes tendências –um trabalho exaustivo e antes realizado pelo ex-presidente Lula.

Outra reação negativa ao nome de Ideli pode partir do PMDB. Os peemedebistas estavam com esperanças de aumentar seu poder de influência no Planalto depois da crise que resultou na queda de Antonio Palocci. Mas parece que essa maior presença, por enquanto, vai se restringir a alguns contatos mais regulares entre Dilma e o seu vice, Michel Temer.

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