Equipe econômica: Guido Mantega (permanece na Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (BC) |
foto:Folhapress
MÁRCIO FALCÃO
RANIER BRAGON
NATUZA NERY
DE BRASÍLIA na Folha.com
A presidente eleita, Dilma Rouseff, oficializou na tarde desta quarta-feira a escolha de sua equipe econômica: Guido Mantega (que permanece na Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central).
Segundo a nota que anunciou a indicação dos três, Dilma "determinou que a nova equipe assegure a continuidade da bem sucedida política econômica do governo Lula --baseada no regime de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal-- e promova os avanços que levarão o Brasil a vencer a pobreza e alcançar o patamar de nação plenamente desenvolvida".
O anúncio foi feito em nota distribuída no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), onde está instalada a equipe de transição. O texto lembra que a indicação de Tombini deve ser aprovada pelo Senado.
Hoje, Dilma almoçou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio da Alvorada, em Brasília. Participou do encontro o deputado Antonio Palocci Filho (PT-SP).
Dilma montou uma equipe para ditar e ter mais influência sobre os rumos da economia do que Lula. Definiu seu time com nomes do próprio governo.
Ela decidiu manter Mantega sob a condição de fazer mudanças na equipe da Fazenda.
Promoveu Tombini, quebrando a tradição de requisitar nomes do mercado financeiro. E pagou uma dívida com Miriam Belchior, técnica da confiança do presidente Lula, gerente do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas que nunca havia chegado ao primeiro escalão.
A petista quer controlar de perto tanto a Fazenda como o Banco Central. Por isso, manterá o status de ministro do presidente do BC, para que a interlocução com o banco continue direta com o Palácio do Planalto.
Depois da equipe econômica, Dilma vai anunciar os ministros "da casa", aqueles com gabinete no Palácio do Planalto.
Na lista de classificados como certos por assessores da presidente eleita estão o atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e Palocci, coordenador da transição. Eles podem ir ou para Casa Civil ou para a Secretaria-Geral da Presidência.
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