terça-feira, 30 de novembro de 2010

Mais de 70 milhões de pessoas consomem produtos piratas no Brasil


A pesquisa que aponta esse resultado foi realizada pela Fecomércio-RJ em 1.000 domicílios, em 70 cidades, sendo nove regiões metropolitanas

Jacqueline Farid, da Agência Estado
RIO - O presidente da Fecomércio-RJ, Orlando Diniz, acredita que a classe C, "que chega com toda força ao mercado de consumo", está impulsionando o aumento do consumo de produtos piratas no Brasil, mas o hábito "se alastra" por todas as classes sociais e faixas etárias. A instituição divulgou há pouco pesquisa sobre a pirataria, revelando que 70,2 milhões de pessoas consomem produtos piratas no Brasil, ou 13,8 milhões a mais do total que compravam esses produtos em 2006.
O secretário executivo do Ministério da Justiça, Rafael Favetti, concorda que "a migração de classes aumentou o consumo em geral no País, de produtos lícitos e ilícitos". Ele disse que há uma "visão romântica" no Brasil de que os que produzem e distribuem produtos piratas são "coitados sem emprego". Segundo ele, a realidade é diferente. "Quem faz e distribui pirataria, segundo todos os dados que temos de apreensões, mostram que quem faz e distribui esses produtos está ligado ao crime organizado", disse.
Ele acredita que o combate passa pela fiscalização e repressão, mas também conscientização dos consumidores.
Entre os produtos piratas consumidos, figuram de CD a cigarros. O porcentual de entrevistados na pesquisa da Fecomercio-RJ, que compra CD pirata chegou a 79%, seguido de DVD (77%); óculos (7%); calcados, bolsas ou tênis (7%); relógios (5%); roupas (6%); brinquedos (3%) e cigarros (4%).
A pesquisa foi realizada em 1.000 domicílios, em 70 cidades, sendo nove regiões metropolitanas. Hoje a Fecomércio-RJ, no Estado do Rio, está lançando a campanha "Quem compra produto pirata paga com a vida". Segundo Diniz, o objetivo é esclarecer os consumidores sobre os riscos da pirataria as suas famílias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário