sábado, 27 de novembro de 2010

Novo Conselho do banco é dominado pela Caixa


Dos 11 novos integrantes eleitos ontem, apenas um foi indicado pelo Grupo Silvio Santos; FGC terá dois representantes

Leandro Modé - O Estado de S.Paulo
Os acionistas do Panamericano elegeram ontem, em Assembleia Geral Extraordinária, o novo Conselho de Administração do banco, que será dominado por representantes da Caixa Econômica Federal, detentora de 35,5% do capital da instituição.
A presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, comandará o grupo, composto por 11 pessoas.[ ] A Caixa também indicou seu vice-presidente de Controle e Risco, Marcos Roberto Vasconcelos, o vice-presidente de Finanças, Márcio Percival Alves Pinto e o vice-presidente de Pessoa Física, Fábio Lenza.
Também entrou no conselho por indicação do banco controlado pelo governo federal o professor da Unicamp Marcos Antonio Macedo Cintra.
Completam o Conselho o novo presidente do Panamericano, Celso Antunes da Costa, o advogado Otto Steiner Júnior (representante do Fundo Garantidor de Crédito, FGC), Renato Pasqualin Sobrinho (consultor da Federação Brasileira de Bancos, Febraban, também indicado pelo FGC), os independentes Marco Antônio Belém da Silva (consultor do Banco Central) e Roy Martelanc (professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo).
O Grupo Silvio Santos, que no papel é o acionista majoritário do Panamericano, indicou apenas um representante: Antônio Carlos Saraiva.
Captação positiva. Assim como já havia ocorrido na última sexta-feira, a captação do Panamericano foi positiva. Na média dos últimos dias, ficou em R$ 100 milhões. Os dados de ontem ainda não estavam disponíveis quando esta edição fechou.
Nos dias que se seguiram ao anúncio do rombo de R$ 2,5 bilhões (em 9 de novembro), o banco enfrentou uma forte sangria. Dia 10, chegou a beirar R$ 500 milhões. Para analistas, se o ritmo tivesse sido mantido, a sobrevivência do Panamericano poderia ser ameaçada.
O Grupo Silvio Santos contraiu um empréstimo de R$ 2,5 bilhões com o FGC para cobrir um rombo equivalente no Panamericano. As investigações apontam para fraudes contábeis e, possivelmente, desvio de recursos. A Caixa comprou 35,5% do capital votante do banco em novembro de 2009 por quase R$ 800 milhões. 


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