quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fecomercio-SP: alta da Selic é "exageradamente conservadora"


no Terra 
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio) afirmou na noite desta quarta-feira que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se equivocou mais uma vez ao elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 12,12%. Para a entidade, a ação do BC pode ser considerada "exageradamente conservadora".
"O IPCA de maio cresceu 0,47% enquanto no mês anterior a taxa era de 0,77%. Há uma clara tendência de desaceleração econômica, com o PIB crescendo muito provavelmente abaixo de 4%, dentro da capacidade produtiva do País", diz a Fecomercio por meio de nota.
Segundo a entidade, a elevação da Selic provocou o encarecimento dos financiamentos com juros médios subindo de 39% para 47% entre novembro de 2010 e abril deste ano. Houve ainda redução do ritmo de atividade dos setores automobilístico e imobiliário.
Já o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Rogério Amato, afirmou, por meio de nota, que a alta da Selic é negativa. "Considero que o Banco Central deveria aguardar um pouco mais e continuar a monitorar a evolução da economia, antes de aumentar os juros ou adotar novas medidas de contenção do crédito", disse.
A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) também criticou a decisão do Copom. A entidade disse lamentar a elevação, pela quarta vez consecutiva, da taxa básica de juros e entende que o excesso de cautela poderá causar um descompasso ainda maior entre a oferta e a demanda interna.
"Poderia ter mantido a Selic como estava, em 12%, uma vez que os efeitos dos juros altos já se mostraram eficientes sobre a desaceleração da demanda", disse, em nota, o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior.

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