Presidente da Caixa salientou que o crédito do banco privado respondia por 50% de sua atuação
Célia Froufe, Adriana Fernandes e Fernando Nakagawa, da Agência Estado
BRASÍLIA - A presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho, disse há pouco que escolheu o Banco Panamericano para se integrar com a CEF porque apresentou o maior volume de sinergia com a instituição estatal. Ela enfatizou a atuação do banco do Grupo Silvio
Santos no Estado de São Paulo.
Santos no Estado de São Paulo.
"É um Estado importantíssimo para as instituições financeiras, para a expansão do crédito", disse durante audiência pública conjunta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão de Assuntos Econômicos (Cae) do Senado.
Maria Fernanda salientou que o crédito do banco privado respondia por 50% de sua atuação. "Além, claro, da atuação do setor de crédito consignado junto ao setor privado", citou. "Isso possibilitava potencial de crescimento para a Caixa em segmentos considerados prioritários",
acrescentou.
acrescentou.
Ela salientou ainda que, de março a junho, equipes técnicas discutiram projeto básico e pensaram na contratação de uma empresa que atuaria nos seguintes serviços: assessoria de negociações, due diligence, avaliação econômica e modelo de governança.
Assessoria na compra
Maria Fernanda defendeu a atuação da instituição na compra de 49% das ações ordinárias do Banco PanAmericano. Segundo ela, empresas que assessoraram o banco federal, como o Banco Fator, foram contratadas pela experiência comprovada e pelas propostas financeiras mais competitivas.
Em audiência pública no Senado, Maria Fernanda lembrou que o Banco Fator tem larga experiência na assessoria para compra de bancos e atuou, por exemplo, em grandes instituições e operações de volumes expressivos, tais como Banespa e Santander.
Além da experiência comprovada, Maria Fernanda afirmou que essas empresas apresentaram à Caixa a melhor proposta financeira para o trabalho de assessoria para a compra. Além do Fator, a Delloitte também participou diretamente da assessoria ao negócio entre Caixa e PanAmericano.
Maria Fernanda também afirmou que a direção da Caixa foi informada oficialmente dos problemas contábeis do PanAmericano em setembro. O aviso foi feito pelo próprio Banco Central.
Plano de negócios
A presidente da Caixa informou que no próximo dia 26 dará início a um novo plano de negócios para o Banco PanAmericano. Nessa data, será realizada a assembleia de acionistas do Banco PanAmericano, quando Maria Fernanda assumirá a presidência do Conselho Administrativo da instituição. Ela informou que o plano de negócios já foi preparado e terá foco no crédito à pessoa física.
Durante audiência conjunta nas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Maria Fernanda fez um balanço das ações que a Caixa adotou desde que tomou conhecimento, em setembro, de que o Banco PanAmericano, do qual o banco público é acionista, estava passando por um processo de fiscalização do Banco Central. Em outubro, relatou Maria Fernanda, a Caixa tomou conhecimento da existência de inconsistências contábeis no PanAmericano.
Entre as ações relatadas por Maria Fernanda, está a interpelação extrajudicial da CaixaPar ao Banco Fator.
Ela destacou na audiência que, restabelecida as condições patrimoniais do Banco PanAmericano, agora a Caixa tem plenas condições de executar o plano de negócios do banco. Maria Fernanda ressaltou ainda que a condução do processo pelo BC e pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) deu tranquilidade à Caixa.
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