Anac anuncia medidas excepcionais para mitigar caos aéreo no fim do ano, mas a aviação civil precisa de investimentos de longo prazo
Anuncia-se a interrupção da tradicional incúria das autoridades aéreas do país, que a cada verão parecem tirar férias enquanto se instala o conhecido caos de filas, cancelamentos e esperas nos aeroportos. Os principais órgãos governamentais e empresas do setor reuniram-se ontem, no Rio, a fim de costurar um plano de contingência para o próximo mês.
Espera-se para o período entre Natal e Ano Novo um aumento de 20% no total de passageiros nos aeroportos, em comparação com o mesmo período de 2009.
Para tentar dar fluidez à multidão de viajantes, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), na falta de medidas estruturais, promete alguns paliativos, como o veto à prática de overbooking.
Em Cumbica, o maior aeroporto do país, será criada uma autoridade aeroportuária unificada -reunindo Polícia Federal, Receita, Vigilância Sanitária e Infraero- para melhorar a organização do fluxo de passageiros e a distribuição de aeronaves nos pátios.
Companhias aéreas comprometeram-se a contratar novos funcionários e a manter 17 aviões de reserva em prontidão. Concordaram também com a transferência imediata de passageiros para concorrentes em caso de problemas com seus voos.
Em Brasília será improvisado um terminal, sob uma estrutura metálica desmontável, com quatro portões de embarque. Trata-se de providência que ilustra muito bem o caráter das medidas anunciadas. Necessárias, mas tópicas. A Anac projeta, ainda assim, índices de atraso superiores a 30 minutos em 20% das partidas e cancelamento de 5% dos voos.
Não há como resolver, sem planejamento e investimentos, o crescente desencontro entre a procura por passagens e a oferta de voos na aviação civil do país. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), entidade que representa as companhias aéreas, afirma que "dos 20 maiores aeroportos domésticos do Brasil, 13 não conseguem acomodar as demandas em seus terminais".
A infraestrutura para transporte aéreo é um "desastre crescente", segundo a entidade, que prevê um possível "vexame" em 2014, com a realização da Copa do Mundo no Brasil. Já se sabe que, para evitá-lo, o governo cogita repetir a experiência de terminais provisórios como o que erguerá em Brasília.
Segundo estudo encomendado pelo BNDES, seria preciso, até 2030, aumentar em 2,4 vezes a atual capacidade de transporte de passageiros no país, de 130 milhões para 310 milhões de pessoas ao ano. Enquanto isso, o governo patina na falta de planejamento e hesita em tomar medidas que aumentem a eficiência da Infraero, limitem o controle da Aeronáutica na aviação civil e atraiam investimentos privados para o setor.
Espera-se para o período entre Natal e Ano Novo um aumento de 20% no total de passageiros nos aeroportos, em comparação com o mesmo período de 2009.
Para tentar dar fluidez à multidão de viajantes, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), na falta de medidas estruturais, promete alguns paliativos, como o veto à prática de overbooking.
Em Cumbica, o maior aeroporto do país, será criada uma autoridade aeroportuária unificada -reunindo Polícia Federal, Receita, Vigilância Sanitária e Infraero- para melhorar a organização do fluxo de passageiros e a distribuição de aeronaves nos pátios.
Companhias aéreas comprometeram-se a contratar novos funcionários e a manter 17 aviões de reserva em prontidão. Concordaram também com a transferência imediata de passageiros para concorrentes em caso de problemas com seus voos.
Em Brasília será improvisado um terminal, sob uma estrutura metálica desmontável, com quatro portões de embarque. Trata-se de providência que ilustra muito bem o caráter das medidas anunciadas. Necessárias, mas tópicas. A Anac projeta, ainda assim, índices de atraso superiores a 30 minutos em 20% das partidas e cancelamento de 5% dos voos.
Não há como resolver, sem planejamento e investimentos, o crescente desencontro entre a procura por passagens e a oferta de voos na aviação civil do país. A Iata (Associação Internacional de Transporte Aéreo), entidade que representa as companhias aéreas, afirma que "dos 20 maiores aeroportos domésticos do Brasil, 13 não conseguem acomodar as demandas em seus terminais".
A infraestrutura para transporte aéreo é um "desastre crescente", segundo a entidade, que prevê um possível "vexame" em 2014, com a realização da Copa do Mundo no Brasil. Já se sabe que, para evitá-lo, o governo cogita repetir a experiência de terminais provisórios como o que erguerá em Brasília.
Segundo estudo encomendado pelo BNDES, seria preciso, até 2030, aumentar em 2,4 vezes a atual capacidade de transporte de passageiros no país, de 130 milhões para 310 milhões de pessoas ao ano. Enquanto isso, o governo patina na falta de planejamento e hesita em tomar medidas que aumentem a eficiência da Infraero, limitem o controle da Aeronáutica na aviação civil e atraiam investimentos privados para o setor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário