Servidores de Minas Gerais decidem segunda se aderem; na Bahia, a OAB se posicionou contra paralisação e no RS, adesão é parcial
Marcelo Portela e Tiago Décimo - O Estado de S.Paulo
A mobilização dos servidores da Justiça Federal, que pressionam governo e Congresso a aprovar um plano de carreira para a categoria, terá Minas Gerais como palco principal nesta segunda-feira. Funcionários farão uma paralisação de 24 horas e uma assembleia geral para decidir se a categoria fará ou não uma greve por tempo indeterminado.
Já há greve em sete Estados, segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal (Fenajufe), mas nem todos os servidores aderiram nem houve paralisação total dos serviços.
No último dia 17, os servidores de Minas participaram de uma paralisação de 24 horas, mas os serviços essenciais foram mantidos, segundo informou o sindicato local da categoria.
Na Bahia, a Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB-BA) se posicionou contra a greve que interrompe o trabalho de aproximadamente 5 mil servidores do Poder Judiciário Federal no Estado desde a quarta-feira.
Em nota, a entidade rereprovou a paralisação e conclamou "todos os advogados e as partes para que compareçam regularmente às audiências designadas, fazendo valer seus direitos".
Conflito. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário na Bahia (Sindjufe-BA), membros da OAB tentaram constranger manifestantes da categoria tirando fotos dos grevistas que promoviam uma manifestação em frente à sede do Tribunal Regional do Trabalho.
"A OAB está colocando o Judiciário contra os servidores, o que só faz recrudescer o movimento", disse o coordenador-geral do sindicato, Rogério Fagundes. "A imagem dos servidores foi violada."
Dos cerca de 7 mil servidores federais do Rio Grande do Sul, nem todos aderiram à greve. A maioria optou por paralisações diárias de duas horas, durante as quais são realizadas reuniões em busca do aumento da adesão até o dia 25, quando ocorrerá um ato unificado em frente à sede da Justiça Federal em Porto Alegre. No interior do Estado, um número mínimo de funcionários mantém as atividades essenciais.
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