no Blog da Christina Lemos
A presidente Dilma Rousseff, que embarca para Buenos Aires, Argentina, neste domingo, para sua primeira viagem internacional desde a posse, além do encontro bilateral e reuniões de trabalho com a colega Cristina Kirchner, estará também com as Mães da Praça de Maio, grupo que se reúne semanalmente para lembrar os cerca de 22 mil desaparecidos durante a ditadura militar no país (1976 a 1983).
O encontro, que deve ocorrer na tarde da segunda-feira, como último compromisso antes do retorno de Dilma ao Brasil, foi confirmado pelo Assessor Especial para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. em entrevista ao programa Brasília ao Vivo, da RecordNews: “A presidenta evidentemente tem uma sensibilidade muito grande para essas questões relacionadas com os direitos humanos, valoriza muito a ação emblemática que essas damas tiveram na história política recente da Argentina, então, pediu para ter um encontro com elas.”
Como este portal adiantou há duas semanas, Dilma não deve atender ao segundo compromisso, de visitar antigos centros clandestinos de tortura, entre eles a Escola de Mecânica da Marinha - segundo Garcia, por problemas de agenda. A permanência da presidente em solo argentino será de menos de vinte e quatro horas.
Perguntado se Dilma temia tornar-se “refém” da pauta dos Direitos Humanos, o assessor especial declarou: "a presidenta é refém apenas do povo brasileiro, que a elegeu – se é que esta metáfora pode ser usada”. Para Garcia, o Brasil não pode se tornar uma espécie de “tribunal” para arbitrar sobre o tema.
Na viagem à Argentina, Dilma deve ser acompanhada pelos ministros Antônio Patriota, das Relações Exteriores, Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, Nelson Jobim, da Defesa, Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
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