sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Dissidente cubano Fariñas é preso novamente um dia após ser solto



Ele teria sido preso após questionar a detenção de outros dissidentes.
Opositor ficou conhecido no mundo tudo após série de greves de fome

O ativista Guillermo Fariñas sofreu um desmaio em março após 15 dias de greve de fome. O motivo do protesto é a liberação de 26 presos políticos cubanos que estão doentes
O ativista Guillermo Fariñas, em foto de março de 2010, durante uma das greves de fome. (Foto: AFP)

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no G1
O opositor cubano Guillermo Fariñas foi preso novamente nesta quinta-feira (27) um dia após ter sido solto, informou às agências internacionais a mãe de Fariñas, Alicia Hernández. Cerca de 20 pessoas também foram presas juntas com o dissidente.
“Ele está preso. Eu mandei, por meio do seu tio, algumas roupas e medicamentos”, disse Alicia. O sociólogo cubano teria sido detido próximo a Praça da Revolução de Santa Clara, onde ele se dirigia a uma unidade policial para questionar a recente prisão de outros dissidentes.
Segundo o presidente da Comissão de Direitos Humanos de Cuba, Elizardo Sánchez, passa de 10 o número de pessoas presas com Fariñas. “É provável que libertem todos ainda esta noite”, disse Sánchez. Para ele, o governo emprega uma repressão “de baixa intensidade” contra a oposição, com detenções breves.
Fariñas
Apelidado Coco, Fariñas, de 49 anos, transformou-se nos últimos anos em um dos símbolos da oposição cubana. O último jejum voluntário se estendeu de fevereiro a julho de 2010 em homenagem a seu companheiro dissidente Orlando Zapata Tamayo, morto por longa greve de fome.
Fariñas chegou a ser hospitalizado, inconsciente e desidratado, como consequência de seu protesto, protagonizando imagens que provocaram forte impacto midiático.
Ele encerrou a greve depois que o presidente de Cuba, Raúl Castro, prometeu à Igreja Católica soltar cinquenta presos políticos.
O governo cubano considera dissidentes como Fariñas mercenários a serviço de seus inimigos nos Estados Unidos e na Europa.
(*) Com informações das agências Efe e France Presse.

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