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Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para empréstimos a pessoas físicas. Com isso, o crédito aos consumidores vai ficar mais caro, porque o imposto dobrou, de 1,5% para 3%.
Isso é para conter o consumo no Brasil, reduzir a demanda, porque a inflação chegou a um nível maior do que se esperava. Ontem, o IBGE divulgou que o IPCA de março ficou em 0,79%, mas o ministro esperava algo em torno de 0,45%. No acumulado em 12 meses, a inflação está em 6,3%, perto do teto da meta. Por causa disso, o governo anunciou à tarde o aumento do imposto.
Toda hora o governo dá um aperto, e a economia está com vários problemas. Alguns provocam resultados colaterais que não se quer. Em 2008, o governo fez isso para tentar conter o crédito, mas não conseguiu.
Antes, como já falamos aqui, o governo tinha aumentado o IOF para as compras no exterior, para conter o consumo em dólar.
No caso da inflação, o governo está pagando o preço do erro cometido no ano passado. Economistas e comentaristas diziam que estava gastando demais, o que aumenta a inflação. Ele queria criar uma sensação de euforia durante o processo eleitoral. Mas criar uma bolha na economia é mais fácil do que desfazê-la.
Todas essas medidas produzem redução nas previsões de crescimento para este ano.
O ministro Guido Mantega tem anunciado ações no fim da tarde, como foi o caso das medidas para conter a queda do dólar. Mesmo assim, a moeda americana continua caindo. Quando diz que vai fazer mais medidas no futuro, acaba apressando a entrada de capital, produzindo o efeito oposto do que quer.
Ouçam aqui o comentário na CBN
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