sábado, 29 de outubro de 2011

Hábitos do ex-presidente são fatores de risco de câncer de laringe



ELOISA LOOSE no Terra

O tabagismo e o etilismo (ingestão de bebidas alcoólicas) são os dois principais fatores para desenvolver o câncer de laringe, doença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foi anunciada neste sábado. A oncologista e coordenadora do Ambulatório de Oncologia Clínica do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, Maria Del Pilar Estevez Diz, explica que o consumo de álcool, mesmo moderado, potencializa o efeito cancerígeno do cigarro e pode levar ao câncer de laringe.

A especialista afirma que há muitos casos em que a doença não apresenta sintomas, mas em outros a rouquidão é identificada. "O simples uso da voz não é fator de risco, mas se a rouquidão persistir de duas a quatro semanas, deve-se procurar um médico", alerta. Em casos mais avançados, pequenos nódulos podem ser percebidos.
O câncer de laringe é mais frequente em homens do que em mulheres. "Isso ocorre em função dos hábitos. Na nossa sociedade ainda são os homens quem mais bebem e fumam", afirma. Os adultos são mais atingidos devido ao acúmulo de anos com "maus hábitos".
O tratamento combina uma série de recursos, entre eles a quimioterapia, a radioterapia e a cirurgia, porém depende da fase da doença de cada paciente. As técnicas atuais buscam preservar as funções da laringe. Além disso, a chance de cura aumenta com o diagnóstico precoce.
É de conhecimento público que o ex-presidente Lula costumava consumir bebidas alcoólicas - ainda que de forma moderada - e também foi fumante por vários anos. Ele teria parado de fumar em 2010, após uma crise hipertensiva

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