quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Assentamentos são usados como depósito de droga em Ribeirão Preto


na Folha.com

Afastados de centros urbanos, assentamentos de sem-terra na região de Ribeirão Preto (314 km de são Paulo) têm sido usados como depósito para traficantes internacionais.
Em duas operações realizadas entre julho e outubro deste ano, a Polícia Federal encontrou drogas armazenadas nos loteamentos Córrego Rico, em Jaboticabal (344 km de São Paulo), e, Monte Alegre, em Araraquara (273 km de São Paulo).
A localização estratégica --distantes do movimento dos municípios, mas não tão afastados do perímetro urbano-- é o principal atrativo dos assentamentos para as quadrilhas.
Na sexta-feira (21), a Polícia Militar teve que "pescar" 270 quilos de maconha que caíram em um córrego em Ribeirão Preto após a fuga de um traficante. A droga estava armazenada no assentamento Córrego Rico, em Jaboticabal.
Em Araraquara, a operação Planária identificou, em julho deste ano, um laboratório de refino de cocaína no assentamento Monte Alegre.
O delegado da PF em Ribeirão Edson Geraldo Souza diz que não há nenhuma operação específica para coibir o uso dos assentamentos por traficantes, mas que isso deve ser uma consequência do trabalho de combate às drogas. "Nosso foco está no combate às drogas."
OUTRO LADO
O Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária), responsável pela regularização fundiária, diz que os lotes de assentamentos se destinam especificamente para fins de reforma agrária e o desenvolvimento de atividades de agricultura e pecuária.
Segundo o procurador geral do Incra, Junior Fideles, o instituto deve verificar se a ocupação dos assentamentos era regular ou irregular. Caso seja irregular, o lote será retomado e redistribuído.
Se for regulamentada, a ocupação será revista. "O Incra deve instaurar um processo interno para verificar a situação do usuário da parcela, utilizando inclusive provas da Polícia Federal. E pode rescindir contrato."

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