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O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira que investiga o sumiço de, pelo menos, 18 obras de arte da Embaixada do Brasil em Paris, na França.
A sindicância foi aberta no final do ano passado. Segundo o Itamaraty, ela corre em sigilo.
O ministério afirma que não irá se pronunciar sobre o assunto.
De acordo com reportagem do "Correio Braziliense", não há explicação para desaparecimento porque não foi registrado furto na embaixada pela polícia da França.
As obras desaparecidas são quadros, gravuras e tapetes que foram doados à embaixada.
O sumiço foi descoberto pelo embaixador na França, José Maurício Bustani, ao pedir o inventário do acervo quando assumiu o posto em fevereiro de 2008.
Esse tipo de pedido não é comum no mundo diplomático.
"Tais bens não puderam ser localizados após intensos e exaustivos trabalhos de procura e de identificação realizados dentro das dependências da chancelaria e da residência", afirmou o embaixador em um telegrama ao Itamaraty assinado há quatro meses, segundo a reportagem.
A lista de obras desaparecidas não incluiu trabalhos de artistas conhecidos.
No entanto, de acordo com um telegrama do embaixador, foi encontrado no prédio da embaixada um quadro de Di Cavalcanti sem placa de identificação.
Avaliada em US$ 1,5 milhão, a obra não faz parte oficialmente do acervo oficial.
Por falta de espaço na sua casa em Paris, o pintor guardava parte de suas pinturas no prédio da embaixada.
Na década de 1960, foram encontrados no prédio obras suas que estavam desaparecidas por 20 anos.
Veja a lista
- Tapete Boukara, Royal Russo, feito à mão (3,50m x 2,28m)
- Tapete Mesched, com borda em rosa, fundo azul (2,30m x 1,60m)
- Quadro de Marilu do Prado Wang, intitulado Enchaté (0,97m x 0,78m)
- Quadro de Gilda Basbaum, obra Volume I (0,90m x 0,90m)
- Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Mulher espichada (1,80m x 0,70m)
- Quadro de Orlando de Magalhães Mollica, intitulado Homem espichado (1,80m x 0,70m)
- Quadro de Chico Liberato, intitulado A vida é da cor que pintamos (1m x 1m)
- Quadro de Waltrand, intitulado Rodinha (0,40m x 0,50m)
- Quadro de Gervásio Teixeira (0,25m x 0,25m)
- Montagem de João Franck da Costa, intitulada Peixe (1,25m x 0,68m)
- Litografia antiga, com moldura em madeira dourada, intitulada Quinta da Boa Vista (0,68m x 0,63m)
- Gravura Ana Letícia, de 1967 (0,77m x 0,59m)
- Gravura representando mapa antigo, com moldura em madeira dourada e vidro (0,71m x 0,55m)
- Fotografia do Rio de Janeiro (0,60m x 0,45m)
- Fotografia do Rio de Janeiro (0,70m x 0,55m)
Há outros três itens não descritos nos telegramas.
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