O Globo
Uma corte egípcia legalizou ontem, pela primeira vez, um partido islâmico moderado. O Al-Wasat Al-Jadid (O Novo Centro) foi fundado há 15 anos, mas nunca teve seu registro aceito, apesar de quatro tentativas, a última em 2009. Abu al-Ila Madi, o fundador da organização - uma dissidência da Irmandade Muçulmana - disse que decisão foi "um fruto positivo da revolução de 25 de janeiro da geração da liberdade", como mostra reportagem publicada no GLOBO deste domingo.
O Wasat Al-Jadid foi fundado em 1996 por ativistas que se separaram da Irmandade Muçulmana - fundamentalista - para criar um movimento que tenta promover uma versão mais tolerante do Islã, com tendências mais liberais. Este é o primeiro partido autorizado depois das revoltas que derrubaram o governo, e seus membros poderão participar das próximas eleições legislativas e presidenciais, previstas para depois da fase de transição. No partido, há cristãos coptos e ao menos três mulheres entre os 24 principais dirigentes.
Mady rompeu com a Irmandade Muçulmana em meados da década de 1990 alegando "estreiteza de objetivos políticos". Apesar disso, a sua primeira tentativa de legalizar o Wasat terminou num tribunal. Mady e vários de seus seguidores eram acusados de tentarem formar um partido islâmico. A Constituição egípcia impede a criação de partidos políticos com base religiosa.
Segundo Mady, o seu partido seguirá a linha do Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP), que governa a Turquia. Portanto, um partido de raízes islâmicas porém aberto a outro eleitores e a ideias, incluindo a classe média laica e os conservadores religiosos.
Leia a íntegra desta reportagem no Globo Digital , somente para assinantes.
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