segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

País tem uma das maiores reservas do planeta


Produção de ''excedentes exportáveis'' será possível a partir de meados da década, segundo projeção da INB

Marta Salomon 
Retomado durante o governo Lula, com a decisão de terminar a construção da usina nuclear de Angra 3, suspensa nos anos 80, o Programa Nuclear Brasileiro passou a trabalhar com a possibilidade de exportação de urânio enriquecido há alguns anos, de forma discreta.
A produção de "excedentes exportáveis" será possível a partir de meados da década, segundo projeções feitas pelas Indústrias Nucleares do Brasil (INB), estatal que exerce o monopólio sobre o setor. Esses "excedentes" seriam decorrência de investimentos já previstos em novas fábricas de conversão do concentrado de urânio (yellow cake) em gás e de enriquecimento do urânio - etapas ainda feitas no exterior.
Com quase 310 mil toneladas de urânio já identificadas e outras 500 mil toneladas presumidas, o Brasil é dono de uma das maiores reservas do minério no mundo. Em 2014, de acordo com a estatal do setor, o país deverá entrar num clube ainda mais restrito, dos países que produzem combustível nuclear em escala industrial e com tecnologia própria, desenvolvida pela Marinha.
Dificuldades. As reservas brasileiras de urânio sejam comparáveis a uma fatia significativa do potencial energético do petróleo do pré-sal, mas a extração do minério vem enfrentando problemas.
A única mina em atividade hoje, localizada em Caetité (BA), teve a ampliação da lavra adiada por falta de licença ambiental e do órgão que fiscaliza o setor nuclear. Problemas de licenciamento também atrasam o início da exploração da mina de Santa Quitéria (CE), empreendimento que lançou a primeira parceria público-privada para exploração de urânio no país. 


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