quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Lula envia ministro para reunião da Unasul sobre Equador




TÂNIA MONTEIRO - Agência Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro interino das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que embarque para Buenos Aires para representá-lo na reunião de hoje à noite da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), convocada para discutir a suposta tentativa de golpe de Estado no Equador. O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que está no Haiti, conversa com vários chanceleres para manter o presidente Lula informado sobre a situação no Equador.
Segundo o assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, "naturalmente o Brasil está preocupado com os últimos acontecimentos no Equador, mas as informações recebidas até agora são de que a situação está contornada". Garcia disse que Lula já colocou à disposição do presidente equatoriano, Rafael Correa, o que ele precisar. A maior preocupação do governo brasileiro é que haja ruptura das instituições ou da democracia.
Garcia comentou ainda que, embora a situação esteja contornada, como as movimentações dos policiais tiveram uma amplitude muito grande, causando apreensão, há uma preocupação de que estes fatos não se repitam. A reunião de hoje à noite em Buenos Aires, que contará com a presença de presidentes da região, terá como objetivo dar respaldo à Correa. Lula descartou a possibilidade de participar porque está empenhado na fase final da campanha eleitoral.
O governo equatoriano decretou estado de emergência por cinco dias em meio a uma série de protestos iniciada por policiais e militares contrários a uma reforma que afetará benefícios aos servidores públicos. Ena Von Baer, porta-voz do governo chileno, disse em Santiago que o presidente do Chile, Sebastián Piñera, estava a caminho de Buenos Aires para participar da reunião emergencial de presidentes dos países que integram a Unasul.
A entidade é formada por Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Com informações da Dow Jones. 


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