O empresário Fábio Baracat chegou no fim desta manhã à Polícia Federal, em Brasília, para depor no inquérito que apura denúncias de tráfico de influência e corrupção na Casa Civil na gestão da ex-ministra Erenice Guerra. Baracat foi quem denunciou à Revista Veja a existência de esquema comandado pelo filho da ministra Israel Guerra, que consistia em cobrar "taxa de sucesso" e pagamentos mensais de R$ 25 mil para ajudar a empresa de transportes aéreos MTA a ampliar seus negócios nos Correios.
O empresário não quis falar com a imprensa ao chegar à superintendência da PF, mas seu advogado, Douglas Telles, informou que ele vai confirmar o teor das denúncias publicadas pela revista que detonou a crise na Casa Civil. Segundo o advogado, ele vai confirmar, por exemplo, que se encontrou com a ex-ministra, apresentado por Israel, mas não confirma que Erenice sabia que o filho agia como intermediador cobrando comissão.
De acordo com o advogado, Baracat alega que o negócio da MTA com os Correios era meramente comercial e que só depois ganhou contornos políticos. O empresário, ainda segundo o advogado, está ansioso e preocupado com toda a situação, mas disposto a colaborar com as investigações.
No período da tarde, às 14h30, será a vez de prestar depoimento o ex-diretor de Operações dos Correios Eduardo Artur Rodrigues Silva, suspeito de ser testa de ferro do argentino Alfonso Rey, que seria o real controlador da MTA, conforme reportagem publicada em O Estado de S. Paulo.
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