sábado, 4 de setembro de 2010

Osmar, que chorou ao ouvir Lula, não suportava o cinismo do presidente


Quem viu Osmar Dias chorando copiosamente no comício de Foz do Iguaçu, emocionado por ter sido elogiado por Lula, que disse ter identificado em “sua pupila”, que ele é um cara bom, honesto e leal, pode pensar que o presidente não conhece tudo o que o senador já disse sobre ele.

Em 7 de novembro de 2005, durante o escândalo do mensalão, Osmar bradou na tribuna do Senado: “pude viajar e ver de perto a angústia e a agonia das pessoas que tinham esperança no governo e que agora estão assistindo ao governo se deteriorar e se desmanchar diante de tantas denúncias de corrupção que ele não consegue explicar.

O senador, que não segurou as lágrimas agradecidas com os elogios do presidente, tinha outro tipo de reação as palavras de Lula “Não agüento mais o presidente Lula, com cinismo, dizer que o denuncismo vazio tem que acabar no País, quando há provas concretas de desvio de dinheiro público”.

O mesmo senador que não suportava o cinismo de Lula e agora chora ao ouvir suas palavras e enxuga as lágrimas no ombro de Dilma Rousseff afirmava, e continua afirmando, que é um homem que não muda nunca. “Não mudei a forma de pensar. Continuo pensando da mesma forma, continuo pensando igualzinho.”

No Fábio Campana

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