Foram as mais duras críticas do presidente Lula à imprensa em quase 8 anos de mandato. No palanque, ao lado de sua candidata, o presidente prometeu derrotar jornais e revistas que, segundo ele se comportam como partidos políticos. E garantiu aos seus partidários: “Nós somos a opinião pública”.
O pano de fundo foram as denúncias de irregularidades que, na semana passada provocaram a queda da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Para os partidários do governo, as denúncias revelam um viés de parcialidade da mídia em favor da oposição. Para os jornalistas, as críticas presidenciais reavivaram o episódio como a ameaça de expulsão do presidente do New York Times e a proposta de criação de conselhos para fiscalizar e punir órgãos de imprensa.
Nas sociedades livres, praticamente ninguém contesta a importância da liberdade de imprensa. Mas como lidar com eventuais abusos que podem impedir que um direito tão fundamental seja cerceado?
Talvez a melhor resposta a tudo isso seja confiar nos leitores e espectadores, como pregou o poeta inglês Tom Newtom e defensor radical da liberdade de imprensa no século XVII.
“Todo homem pode e deve exercer o seu próprio critério”.
Para falar da imprensa e das críticas do presidente Lula, o diretor executivo da Transparência Brasil Cláudio Weber Abramos, e o jornalista e professor da ECA – USP Eugênio Bucci.
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