Quem mente precisa ter boa memória, diz Beto em sabatina Folha/UOL

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“Eleição se ganha e se perde, mas não se pode perder o respeito, a vergonha e a dignidade. Quem mente precisa ter boa memória”, afirmou Beto Richa na manhã desta quinta-feira (2) durante sabatina promovida pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo site (UOL), no Teatro Paulo Autran, em Curitiba. A frase é uma resposta a quem afirma que sua saída da Prefeitura de Curitiba, para concorrer ao Governo do Estado, foi uma “traição”.

Em 2006, quando foi candidato a governador, Osmar Dias tinha pela frente quatro anos de mandato no Senado. Caso tivesse vencido, teria que deixar pela metade o mandato pelo qual tinha sido eleito. “Era Brincadeirinha. Ele não queria ganhar? É melhor parar de dissimulação”, afirmou Richa. “Em meu favor existem pesquisas que apontam que mais de 80% das pessoas que votaram em minha reeleição na capital apóiam a candidatura ao Governo. E os índices de intenção de voto em meu nome hoje estão próximos do nível que eu obtive para a reeleição.”

Beto mostrou também uma carta assinada pelo senador Osmar Dias, datada de 17 de junho deste ano, na qual Osmar pede autorização da direção nacional de seu partido, o PDT, para formar uma coligação com o PSDB no Paraná, e concorrer à reeleição ao Senado.

Durante a sabatina, Beto recebeu mais de 1.000 mil perguntas enviadas por internautas e aproveitou para desmentir ataques de adversários e esclarecer propostas. Uma delas é a de criação do Resgate Aéreo, com 4 helicópteros, para urgências e emergências . “Quem afirma que não pode dar certo tem os olhos no passado, no atraso. Esta é uma proposta moderna, que inclusive já funciona em Curitiba, onde mais de 1.100 pessoas foram atendidas pelo helicóptero da Polícia Rodoviária Federal, que atua em parceria com a Prefeitura. Eu mesmo assinei o convênio e renovei”, disse Beto. “Pergunte a qualquer médico qual é a importância de cada segundo para quem atende uma emergência. Esse serviço já existe em São Paulo, Minas Gerais Santa Catarina e está salvando vidas.”

Indagado sobre as aparições do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, no horário eleitoral, Beto deixou claro que apóia Serra, mas tem idéias próprias, não usa o horário eleitoral para tentar se agarrar à popularidade de outras pessoas. “O Serra vem sempre ao Paraná. Falo dele em todos os lugares por onde eu passo, porque sei que é a melhor opção para o futuro do país. É o candidato mais competente e capacitado para consolidar os avanços que conquistamos”, afirmou. “O horário eleitoral é para eu me apresentar, apresentar minhas propostas para fazer um bom governo, que são viáveis, consistentes.” “Eu sou uma pessoa de posições claras. Não pulo de galho em galho.”

LEIA TRECHOS DA ENTREVISTA COM BETO RICHA NA SABATINA FOLHA/UOL

Candidatura a governador

“O candidato do desespero diz por aí que, ao deixar a Prefeitura, eu traí o povo de Curitiba. Ele não deve estar vendo as pesquisas de intenção de voto na capital. Os índices de intenção de voto em meu nome hoje estão próximos do nível que eu obtive para a reeleição.”

Desespero

“O desrespeito, os ataques rasteiros, a baixaria. Só entendo isso como uma única palavra: desespero.”

Ideias próprias

“Eu não preciso de bengala. Não preciso que ninguém sopre no meu ouvido o que eu tenho que dizer. Eleição se ganha e se perde. Mas não se pode perder o respeito, a vergonha e a dignidade.”

José Serra

“É só comparar os candidatos. Quem tem a capacidade, a competência comprovada, o pulso e a autoridade para fazer o Brasil avançar mais nas conquistas é o Serra.”

Coerência

“Não vou para este lado ou para aquele lado conforme conveniências pessoais, de momento. Não fico pulando de galho em galho.”

Gustavo Fruet e Ricardo Barros

Abriram mão da reeleição certa como deputados federais para, como candidatos a senador, estarem conosco neste projeto de mudança. Estão crescendo e devem conquistar cada vez mais eleitores.”

TV Educativa

Não vou usar a TV como instrumento político para agredir adversários. A Educativa vai ser administrada por técnicos, por bons profissionais, e não será um instrumento do governador para agredir seus adversários.

Empresas públicas

Quem me atribui a intenção de privatizar a Copel, a Sanepar e o Porto de Paranaguá o faz por maldade, por desespero. Mas não está colando. Não vou privatizar nenhuma empresa pública. Pelo contrário, vou O cabide de empregos que virou a Sanepar. Quem perde a eleição é acomodado em conselho diretoria porque ali recebem salários de até 30.000 reais

no Fábio Campana