O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, criticou as denúncias envolvendo a Casa Civil do governo federal em seu programa na TV na tarde desta terça-feira, e afirmou que a política brasileira vive atualmente um "problema de caráter".
"Mais uma vez você está vendo: os escândalos envolvendo o governo federal e, mais uma vez, a Casa Civil. E mais uma vez é aquela história de não vi nada, não sei de nada, não é comigo", afirmou o tucano na abertura de sua propaganda na TV.
Serra se referia indiretamente às denúncias de tráfico de influência que levaram à demissão da ministra-chefe da Casa Civil Erenice Guerra, que foi secretária-executiva da candidata petista Dilma Rousseff, quando ela comandava a pasta até março deste ano.
"A política no Brasil hoje vive mesmo um problema de caráter, um problema de maus exemplos. A economia melhorou, os bens materiais são importantes, sem dúvida nenhuma. Mas o caráter, a honestidade, o comportamento ético estão acima de tudo", afirmou.
O candidato tucano reiterou suas promessas de reajustar as aposentadorias em 10 por cento e de elevar o salário mínimo para 600 reais. O tucano ainda deu a entender que retiraria do montante pago pelo país em juros, os recursos para a elevação do salário mínimo.
"Cento e sessenta bilhões de reais é quanto o Brasil paga de juros por ano, tudo para os ricos. O Serra garante. Aqui tem dinheiro para pagar 600 reais de salário mínimo. Ô se tem", afirma um apresentador, enquanto circula com um giz o número "600" dentro de outro número, "160.000.000.000".
A candidata do PT, Dilma Rousseff, repetiu o programa apresentado na noite do último sábado, quando citou dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) para afirmar que a vida dos brasileiro melhorou sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal cabo eleitoral.
(Por Eduardo Simões)
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