A data escolhida para a consumação do golpe ─ 28 de janeiro de 2010 ─ pareceu mais que perfeita aos planejadores. Primeiro, porque nesse dia as salas de cinema do país inteiro continuariam atulhadas de adoradores do Filho do Brasil, todos com o coração em descompasso e uma catarata de lágrimas jorrando de cada canto de olho, prontos para liquidar a pauladas os traidores da pátria. Ai de quem ousasse discordar da canetada do presidente Lula, desferida naquela quinta-feira para livrar quatro obras da Petrobras da interdição determinada pelo Tribunal de Contas da União.
Multidões de devotos dispostos a matar ou morrer pelo chefe são um trunfo e tanto. Mas outro ainda mais poderoso viria horas depois do drible no TCU. Para desespero da elite golpista, dos pessimistas profissionais, dos louros de olhos azuis e de Fernando Henrique Cardoso, em 29 de janeiro o Cara receberia na Suiça, no encerramento do Fórum Econômico Mundial, o título de Estadista Global. Já canonizado pelas plateias do Brasil, o maior dos governantes desde Tomé de Sousa voltaria da viagem reverenciado como santo universal por chefes de governo grávidos de gratidão pelo acesso ao segredo do milagre brasileiro: enquanto eles fazem tudo errado, revelaria o discurso de agradecimento, o presidente Lula acerta todas. Leia na ÍNTEGRA Coluna do Augusto Nunes
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