Vera Rosa |
O Estado de S. Paulo |
O comando da campanha de Dilma Rousseff (PT) à Presidência prepara estratégia para desconstruir o discurso de bom gestor do adversário do PSDB, José Serra. A ideia é explorar a velha tática do medo de mudança e apontar "pontos fracos" do tucano como ministro da Saúde e do Planejamento, governador e prefeito de São Paulo.
Os programas sociais desenvolvidos pelo tucano estão na mira do PT, que pretende enlamear sua fama de administrador eficiente. Em reuniões realizadas ao longo da semana, a equipe de Dilma chegou à conclusão de que o melhor momento para pôr em prática a estratégia será no debate da TV Bandeirantes, em 5 de agosto.
Ex-ministra da Casa Civil, Dilma vai jogar os holofotes sobre o Bolsa-Família e a segurança pública. Na avaliação do comitê petista, os programas sociais representam para Serra, na atual disputa, o mesmo problema que as privatizações representaram para o então candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB)- hoje postulante ao governo paulista - na eleição de 2006.
O marqueteiro João Santana, que trabalhava à época para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora assina a propaganda de Dilma, chegou a definir as privatizações, naquele embate, como "monstros vivos" a assombrar o tucanato.
"Eu acho impossível Serra dobrar o Bolsa-Família", afirmou Dilma, numa referência à promessa do rival. "Aliás, no período em que ele foi governador, o programa Renda Cidadã diminuiu." A candidata do PT tem números na ponta da língua para atacar Serra e repete como mantra que "quando o PSDB pôde mais, fez menos".
Dados do governo Lula indicam que 1 milhão e 100 mil famílias, em São Paulo, são beneficiadas pelo Bolsa-Família. "Pelos nossos cálculos, 1 milhão e 400 mil precisariam receber, mas São Paulo não conseguiu cadastrar todo mundo", alfinetou Dilma. "Quem cadastra é o governo federal em parceria com o município, o que quer dizer que, quando meu adversário foi prefeito, não cadastrou 300 mil."
Na contramão do Palácio dos Bandeirantes, que comemora o recuo da violência em São Paulo, a equipe de Dilma cita números da Organização Mundial da Saúde para concluir que a taxa de homicídios no Estado virou "epidemia".
"Serra promete o que ele não fez e vamos apresentar esse contraponto na campanha", insistiu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Ele fala em criar o Ministério da Segurança, mas há 16 anos o PSDB é governo em São Paulo e não resolveu esse problema."
Na lista das dúvidas que o comitê de Dilma quer pôr na cabeça dos eleitor estão, ainda, a paternidade dos genéricos e a criação do programa de combate à Aids. Na tentativa de devolver ataques tucanos que apontam Dilma como "mentirosa", a cúpula do PT baterá na tecla de que Serra "falta com a verdade" quando colhe dividendos sobre a autoria de determinadas iniciativas.
A equipe de Dilma também vai associar o lançamento de propostas de governo a mobilizações temáticas. Antes mesmo de divulgar o documento batizado como "Os 13 compromissos de Dilma Rousseff com o Brasil", a petista anunciará o programa para a juventude. Será um ato no próximo dia 7, na favela Cidade de Deus, no Rio.
Pesquisas revelam que a ex-ministra precisa conquistar votos entre os jovens. Não é um contingente a se desprezar: a faixa que vai de 16 a 29 anos representa 52 milhões de eleitores.
Os programas sociais desenvolvidos pelo tucano estão na mira do PT, que pretende enlamear sua fama de administrador eficiente. Em reuniões realizadas ao longo da semana, a equipe de Dilma chegou à conclusão de que o melhor momento para pôr em prática a estratégia será no debate da TV Bandeirantes, em 5 de agosto.
Ex-ministra da Casa Civil, Dilma vai jogar os holofotes sobre o Bolsa-Família e a segurança pública. Na avaliação do comitê petista, os programas sociais representam para Serra, na atual disputa, o mesmo problema que as privatizações representaram para o então candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB)- hoje postulante ao governo paulista - na eleição de 2006.
O marqueteiro João Santana, que trabalhava à época para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e agora assina a propaganda de Dilma, chegou a definir as privatizações, naquele embate, como "monstros vivos" a assombrar o tucanato.
"Eu acho impossível Serra dobrar o Bolsa-Família", afirmou Dilma, numa referência à promessa do rival. "Aliás, no período em que ele foi governador, o programa Renda Cidadã diminuiu." A candidata do PT tem números na ponta da língua para atacar Serra e repete como mantra que "quando o PSDB pôde mais, fez menos".
Dados do governo Lula indicam que 1 milhão e 100 mil famílias, em São Paulo, são beneficiadas pelo Bolsa-Família. "Pelos nossos cálculos, 1 milhão e 400 mil precisariam receber, mas São Paulo não conseguiu cadastrar todo mundo", alfinetou Dilma. "Quem cadastra é o governo federal em parceria com o município, o que quer dizer que, quando meu adversário foi prefeito, não cadastrou 300 mil."
Na contramão do Palácio dos Bandeirantes, que comemora o recuo da violência em São Paulo, a equipe de Dilma cita números da Organização Mundial da Saúde para concluir que a taxa de homicídios no Estado virou "epidemia".
"Serra promete o que ele não fez e vamos apresentar esse contraponto na campanha", insistiu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. "Ele fala em criar o Ministério da Segurança, mas há 16 anos o PSDB é governo em São Paulo e não resolveu esse problema."
Na lista das dúvidas que o comitê de Dilma quer pôr na cabeça dos eleitor estão, ainda, a paternidade dos genéricos e a criação do programa de combate à Aids. Na tentativa de devolver ataques tucanos que apontam Dilma como "mentirosa", a cúpula do PT baterá na tecla de que Serra "falta com a verdade" quando colhe dividendos sobre a autoria de determinadas iniciativas.
A equipe de Dilma também vai associar o lançamento de propostas de governo a mobilizações temáticas. Antes mesmo de divulgar o documento batizado como "Os 13 compromissos de Dilma Rousseff com o Brasil", a petista anunciará o programa para a juventude. Será um ato no próximo dia 7, na favela Cidade de Deus, no Rio.
Pesquisas revelam que a ex-ministra precisa conquistar votos entre os jovens. Não é um contingente a se desprezar: a faixa que vai de 16 a 29 anos representa 52 milhões de eleitores.
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