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Depois de escapara de convocação para depor no Senado Federal sobre a violação de sigilo fiscal de integrantes do PSDB e da empresária Verônica Allende Serra, filha do presidenciável tucano, o ministro Guido Mantega, da Fazenda, disse nesta sexta-feira (3) que não cogita substituir o secretário da Receita Federal do Brasil, Octacílio Dantas Cartaxo.
Durante entrevista na sede da Caixa Econômica Federal, em São Paulo, Mantega afirmou que é muito maior o número de pessoas que tiveram o sigilo fiscal violado. “Na verdade, não foi só o sigilo de algumas pessoas com vinculações partidárias que foi quebrado, foi num número muito maior. Portanto, isso tem que ser investigado. Isso está sendo investigado por uma comissão de sindicância com toda celeridade possível. É incomum essa celeridade. As informações têm sido trazidas ao público, tanto que todo dia há novas notícias nos jornais”, declarou o ministro.
A tentativa do governo Lula da Silva de abafar o caso, para não prejudicar a campanha da neopetista Dilma Rousseff, está cada vez mais evidente. Tanto é assim que cresce diariamente o número de companheiros que entram em cena para dissimular o fato. Arremessar a violação do sigilo fiscal de Verônica Serra na vala comum é querer sair ileso de um caso que é uma afronta à democracia e ao direito constitucional da privacidade e da inviolabilidade de informações.
O ministro Guido Mantega tropeça no próprio discurso, pois semanas atrás a sua filha, Marina Mantega, foi alvo de um completo dossiê elaborado por petistas instalados na cúpula da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, a Previ. Mantega precisa combinar o conteúdo do discurso e ensaiar melhor a própria fala, pois do contrário a situação deve se complicar, mesmo que dirigentes do PT afirmem que ingressarão na Justiça contra José Serra e o PSDB.
no Ucho.Info
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