Os advogados da campanha do candidato à Presidência José Serra (PSDB) protocolaram hoje uma representação à Procuradoria Geral da República (PGR) em que pedem a investigação do suposto uso político da TV oficial do governo, a NBR, na campanha eleitoral. O pedido baseia-se em reportagem publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, de que funcionários e equipamentos da NBR teriam sido usados para gravar comícios da presidenciável petista Dilma Rousseff que contaram com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os advogados da campanha tucana pedem que o Ministério Público (MP) apure não apenas o uso dos funcionários e dos equipamentos da emissora estatal para gravar imagens dos comícios, como também a eventual utilização desse conteúdo na campanha de Dilma e, de um modo geral, na de seus aliados em todos os Estados.
Segundo a denúncia veiculada pelo Jornal, a direção da empresa teria orientado os funcionários a omitir os sinais de identificação da emissora antes de fazer as gravações. Cartazes teriam sido colados na sede da emissora com a explicação de que as gravações seriam apenas para registro.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado da campanha tucana, José Eduardo Alckmin, afirmou que "o fato é grave e é necessário investigar se a máquina administrativa foi usada em prol da candidatura de Dilma".
Em nota oficial, a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da qual faz parte a NBR, afirmou que uma de suas atribuições é documentar a atuação pública do presidente, seja para transmissão na TV NBR, seja para o acervo histórico da Presidência da República.
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