Bruno Siffredi e Rodrigo Alvares
Representantes das principais centrais, alguns sindicatos, partidos governistas e movimentos sociais realizam na quinta-feira, 23, em São Paulo um ato público contra o “golpismo midiático”. O convite do evento, divulgado pelo PT, acusa a imprensa de “castrar o voto popular” e “deslegitimar as instituições”.
“Conduzida pela velha mídia, que nos últimos anos se transformou em autêntico partido político conservador, essa ofensiva antidemocrática precisa ser barrado. No comando estão grupos de comunicação que, pelo apoio ao golpe de 64 e à ditadura militar, já demonstraram seu desapreço pela democracia”, diz o texto.
Através de sua assessoria, a CUT confirmou sua participação no ato e indicou que o evento pretende ser “a favor da democracia”. A central sindical negou que a realização do ato seja uma resposta às denúncias de irregularidades na Casa Civil da Presidência publicadas pela mídia nas últimas semanas.
“A mídia está tentando pautar com desinformação”, indicou. “Os problemas reais do País deixam de ser discutidos e começa uma onda de denuncismo que procura mascarar a realidade às vésperas do processo eleitoral e tenta, de uma forma tendenciosa, criar uma realidade virtual e a partir disso buscar um resultado diferente para as eleições.”
O ato vai ocorrer no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, e deve contar com membros do PT, PC do B, PSB, PDT, CUT, CTB, CGTB, MST e UNE.
Força Sindical
O presidente interino da Força Sindical, Miguel Torres, afirmou ao Radar Político que a entidade “não vai estar presente ao ato como instituição”. Ele negou que o assunto tenha sido discutido pela direção nacional. “Defendemos a liberdade de expressão e de imprensa”, disse Torres. “Acho que podemos contribuir mais tendo uma participação entre os trabalhadores e a imprensa. Estamos aqui para melhorar esse relacionamento”.
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