Por Rolf Kuntz | |
A imprensa levou duas semanas para descobrir o assunto econômico e político mais polêmico do momento – o decreto presidencial sobre o novo programa de direitos humanos. O primeiro jornal a cuidar do tema com a amplitude necessária foi o Globo, na edição de sexta-feira (8/1). Até esse momento, os meios de comunicação haviam noticiado a reação de alguns grupos e setores – como a cúpula militar, a igreja católica e os fazendeiros – a pontos do decreto assinado em 21 de dezembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas o decreto era muito mais complexo e um de seus primeiros críticos, o jornalista Reinaldo Azevedo, chegou a descrevê-lo, em seu blog, como "uma constituição do presidente Lula". Todos haviam noticiado, na semana anterior, a reação dos comandantes e do ministro da Defesa, Nelson Jobim, à proposta de investigação das violências cometidas durante o período militar. Os chefes das três forças e o ministro, segundo os jornais, chegaram a pedir demissão. Mas o presidente os convenceu a mudar de ideia, concordando em mexer no texto do decreto. Conflito entre presidente e generais é assunto da maior importância em qualquer país. Estranhamente, os editores, pauteiros e repórteres políticos não parecem ter tido curiosidade suficiente, mesmo diante da crise, para examinar o assunto com maior cuidado. Para isso seria necessário procurar o texto, disponível no site da Presidência da República, e enfrentar 92 páginas quase ilegíveis, cheias de expressões como "fortalecimento dos direitos humanos como instrumento transversal das políticas públicas e de interação democrática", mas também carregadas de combustível para muita polêmica.Leia na ÍNTEGRA http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=572IMQ001 |
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
Imprensa demorou a descobrir a polêmica
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