DO TERRA
As autoridades rabínicas de Israel não emitiram ainda uma determinação definitiva sobre os scanners, mas o Centro Rabínico da Europa já alertou que a medida viola os direitos das mulheres judias ao "comprometer" o recato que devem observar.
Segundo explicou à Agência Efe em Jerusalém o rabino Ken Spiro, "tudo depende da nitidez da imagem oferecida pelos scanners e de quem estiver olhando".
"Para as mulheres judias, todas elas e não só as ultra-ortodoxas, é importante proteger seu pudor", indicou este rabino.
Em geral, as leis de modéstia proíbem a exibição do corpo "acima dos joelhos, nem acima do ombro, nem abaixo da linha do pescoço. E, no caso das mulheres casadas, o cabelo também não deve ficar à mostra".
Conforme Spiro, próximo às correntes ultra-ortodoxas, se a imagem do scanner for muito detalhada "parte das judias poderiam preferir ser revistadas em local reservado e, inclusive, poderiam evitar esses aeroportos".
O debate ainda está aberto e os fiéis deverão esperar uma orientação oficial das autoridades rabínicas.
"Se o Rabinato proibir, as mulheres religiosas não poderão se submeter aos scanners", adverte o rabino, que acrescenta que "o problema será menor se for garantido uma agente de segurança para as mulheres e um agente para os homens".
Além disso, para muitas mulheres judias poderia resultar enormemente ofensivo saber que alguém está observando a imagem nítida de seu corpo, porque as leis da tzeniut que aparecem detalhas na Torá (Levítico 18:9-17) proíbem "descobrir a nudez", ato que define como "maldade". http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI4201768-EI188,00.html
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