segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Só prendendo


Comentário - Blog do Noblat


Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro! Saúdo a esperteza dos que o comandam e a apatia dos seus habitantes.

A propósito: o que deverá acontecer com o governador José Roberto Arruda, do Distrito Federal, depois de ter sido apontado como chefe de uma organização criminosa?

O mais provável é que ele cumpra seu mandato até o fim.

Que país é este onde um deputado filmado escondendo dinheiro nas meias reassume a presidência do poder legislativo para comandar o processo de impeachment do governador, seu aliado, acusado de corrupção?

É o que ocorrerá, logo mais, na Câmara Legislativa do Distrito Federal com a volta à cena do deputado Leonardo Prudente.

Está para se ver ato mais revelador do estado de apodrecimento dos costumes políticos na capital da República.

Licenciado do cargo por 60 dias, Prudente antecipou seu retorno depois de ter explicado - sem sequer franzir o cenho - por que escondeu dinheiro nas meias: “Não uso pasta”.

Sabe de uma coisa? Sinceramente?

Saudades de Severino Cavalcanti!

Eleito presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2005, o rei do chamado “baixo clero” renunciaria ao cargo dali a sete meses ao ser confrontado com a cópia de um cheque de R$ 10 mil que recebera como propina paga por Sebastião Buani, concessionário de restaurantes.

Na Era Lula, o mensalinho de Severino foi pioneiro.

Não, não foi daquela vez que Lula se valeu da expressão “uma merreca” para designar subornos de pequeno valor.

“Uma merreca” fez sua estréia no vocabulário político do país quando Lula, às voltas com o mensalão do PT em 2006, saiu em defesa do deputado Professor Luizinho (SP), beneficiado com a irrisória quantia de R$ 20 mil.

Lula tentara antes equiparar o mensalão a Caixa 2 de campanha. Como se Caixa 2, por ser uma prática corrente, tivesse perdido a condição de crime sujeito a severa punição. Leia na ÍNTEGRA http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/01/11/so-prendendo-256485.asp

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