quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Soldado afirma que base brasileira no Haiti não sofreu danos

Do TERRA

13 de janeiro de 2010 • 06h02

Os soldados brasileiros da missão da ONU no Haiti (Minustah) buscam sobreviventes entre os escombros da sede da organização em Porto Príncipe, que desabou após o terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o país nessa terça-feira. Um militar brasileiro em Porto Príncipe, que serve nas tropas de paz da ONU, descreveu ao JB o momento exato do tremor:
"Estamos em contêineres, e tremeu forte. Sabíamos que era um terremoto pela grandeza do tremor" disse o militar, que pediu anonimato. "Alguns aparelhos de ar-condicionado caíram no chão. Fomos surpreendidos, nossa base não sofreu danos. Sabemos que nossa missão principal é ajudar a quem precisa. Estaremos a noite toda ajudando a quem necessitar de socorro", afirmou.
No momento em que falava ao jornal, o militar se preparava para deixar a base e auxiliar as equipes de socorro. "Neste momento, tropas brasileiras da missão se encontram no edifício para tentar resgatar pessoas, mas por enquanto não encontraram ninguém", disse em um encontro com a imprensa o subsecretário-geral da ONU para Operações de Paz, Alain Le Roy.
O responsável pelos "capacetes azuis" confirmou que o edifício das Nações Unidas, conhecido como Hotel Cristopher, situado na parte alta da capital haitiana, "desabou". De Roy não sabe quantos dos cerca de 250 empregados que trabalham no imóvel estavam no local durante o terremoto, que aconteceu às 16h53 no horário local (19h53 em Brasília), no final da jornada de trabalho.
"Sabemos que há baixas, mas não sabemos quantas", ressaltou Le Roy, que reiterou que há uma "grande quantidade" de empregados da ONU desaparecidos. Entre os desaparecidos está o chefe da Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), o tunisiano Hedi Annabi, que estava na sede da missão quando aconteceu o tremor.
Os responsáveis da ONU explicaram que só puderam entrar em contato com o pessoal da Minustah através de telefones com conexões via satélite, já que a rede de telecomunicações haitiana ficou fora de serviço. "Estão fazendo tudo o que podem, e por enquanto o mais importante é resgatar as pessoas que estejam soterradas na sede", indicou Le Roy, que assinalou que "muitos outros edifícios caíram".
Entre os edifícios que sofreram danos se encontram a Catedral de Porto Príncipe, o Palácio Presidencial, assim como a sede do Parlamento e numerosos imóveis da capital haitiana.

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