sábado, 9 de janeiro de 2010

Verba para conter encostas é menor do que para propaganda em Angra

Do Terra

Mesmo com o histórico de problemas no verão devido às chuvas, a Prefeitura de Angra dos Reis previu para este ano investir em contenção de encostas menos da metade do gasto estimado com publicidade. O orçamento prevê R$ 2,2 milhões em divulgação da cidade e de ações do governo, e R$ 1 milhão para reforçar encostas. Ontem, o Ministério Público estadual (MP) anunciou a abertura de inquérito para apurar responsabilidades pelos deslizamentos que mataram 52 pessoas desde o dia 31 em Angra e Ilha Grande. Duas pessoas estão desaparecidas.
A Promotoria também vai fiscalizar a aplicação dos R$ 80 milhões recebidos pelo município do governo federal para medidas emergenciais contra os resultados das chuvas. Outro inquérito vai avaliar a concessão de licenças para construção e omissão na fiscalização do território da cidade.
"O orçamento mostra que a prefeitura considera mais interessante promover suas ações que prevenir. Assim, uma tragédia dessas, infelizmente, não surpreende", critica Ivan Marcelo, do Instituto Socioambiental da Baía de Ilha Grande.
A reportagem do jornal O Dia tentou contato com o prefeito Tuca Jordão durante toda a tarde de ontem. A assessoria da prefeitura informou que não conseguiu contato com Jordão, mas que, por causa dos deslizamentos ocorridos no Réveillon, o orçamento está sendo revisto. A assessoria informou ainda que há previsão de mais verbas da União e do estado para contenção de encostas.
Na terça-feira, o MP começou a apurar de quem é a responsabilidade pelas 52 mortes ocorridas na Enseada do Bananal, na Ilha Grande, e no Morro da Carioca, em Angra. No dia seguinte, abriu inquérito para fiscalizar a aplicação dos recursos da ordem de R$ 80 milhões recebidos da União.
"Município, estado e União têm dois dias para se pronunciar sobre o assunto", afirmou o promotor Bruno Lavorato Moreira Lopes. Ontem, audiência pública para discutir impactos das chuvas na cidade reuniu deputados, técnicos, moradores e o procurador Fernando Lavieri. Não havia representante da prefeitura.Leia na Íntegra http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/tragediaemangra/noticias/0,,OI4195148-EI14639,00-Verba+para+conter+encostas+e+menor+do+que+para+propaganda+em+Angra.html

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