A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, anunciou ontem que participará de apenas quatro debates eleitorais na TV aberta - na Band, Record, RedeTV! e Globo. Cobrada por adversários, por recusar outros convites, alegou problemas de agenda. Ela decidiu também não comparecer ao debate digital da próxima segunda-feira, 26, organizado por quatro sites da internet - Terra, iG, MSN e Yahoo.
Esta sua decisão levou o rival José Serra (PSDB) a anunciar, no início da noite de ontem, que também não irá ao debate digital - e, sem os dois, os sites desistiram. Nota da TV1, que coordenava o evento, informa que "Dilma recusou oficialmente o convite na terça-feira e hoje (ontem), no início da noite, o candidato Serra informou que não participaria mais por problema de agenda".
Dilma defendeu-se alegando que "queria uma coisa mais racional, juntar todo mundo, mas eles não chegaram a um acordo". Ela confirmou, no entanto, que vai participar de sabatina no UOL.
Horas antes, a orientação de Dilma foi desafiada pelo coordenador de mídia de sua campanha, Marcelo Branco, que disparou mensagens no Twitter defendendo sua presença no debate do dia 26. Informada, a candidata ordenou que Branco tirasse essa sua campanha do ar.
Dilma não é a única a reduzir sua participação em debates eventos. Os governadores do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e da Bahia, Jaques Wagner (PT), que lideram as pesquisas em seus Estados, anunciaram decisões semelhantes.
"A população nos conhece. Há uma avaliação nesta eleição se este governo merece continuar ou não", justificou Cabral. Ele disse estar à disposição para entrevistas, "mas em questão de debates (com adversários), em princípio não". Há três eventos previstos por TVs do Rio. O primeiro na Band, a 12 de agosto. Os outros dois serão em setembro - dia 16 na RedeTV! e dia 28 na Globo.
A posição de Cabral foi logo criticada por seu rival direto, o candidato do PV, Fernando Gabeira. "Isso só vai empobrecer o debate", afirmou o deputado, segundo colocado na disputa.
Em Salvador, o governador Wagner, que lidera as pesquisas, avisou que não irá ao encontro de 11 de agosto, entre candidatos a governador. Seu rival Geddel Vieira Lima (PMDB), terceiro nas pesquisas, o acusou de "posicionar-se como um coronel".
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