quarta-feira, 7 de julho de 2010

Cuba libertará 52 presos políticos, diz Igreja Católica

Cinco prisioneiros serão libertados até o fim do dia, e os demais ao longo de 3 ou 4 meses


Reuters e Efe

HAVANA - O governo de Raúl Castro libertará 52 presos políticos, cinco deles nas próximas horas, e os demais ao longo dos três ou quatro meses seguintes, segundo anunciou nesta quarta-feira, 7, a Igreja Católica em Cuba.

Trata-se de todos os opositores ainda reclusos do grupo de 75 dissidentes presos na repressão da Primavera Negra, em 2003. Em nota, a Igreja diz ainda que nas próximas horas outros seis presos serão aproximados de suas províncias de residência.

Segundo o comunicado, os cinco que serão soltos nas próximas horas viajarão junto a parentes para a Espanha. O governo cubano teria dito também à Igreja que os outros 47 presos políticos, uma vez libertados, poderão deixar a ilha.

O arcebispo de Havana, o cardeal Jaime Ortega, foi informado da medida em reunião com o presidente Raúl Castro. O encontro teve a participação também dos chanceleres espanhol, Miguel Angel Moratinos, e cubano, Bruno Rodríguez.

A decisão chega dentro do processo de diálogo aberto em maio entre o governo castrista e a Igreja Católica e que contou o apoio recente do chanceler espanhol, que encerra visita a Cuba nesta quarta.

Representantes de grupos de direitos humanos disseram no início desta semana que o governo comunista mantinha 167 presos políticos detidos.

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