quinta-feira, 24 de julho de 2014

CNI prevê pibinho em 2014, queda de 0,5% no PIB industrial e inflação acima da meta



Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira (24) projeções preocupantes sobre a economia brasileira, que amarga as consequências da má gestão petista. De acordo com a entidade, a expansão do PIB em 2014 será de somente 1% neste ano, indicador próximo à expectativa do mercado e bem abaixo do cenário otimista que só o Palácio do Planalto sustenta (1,8%).
Segundo a CNI, a modesta expansão será resultado do crescimento de 1,5% do setor de serviços, da alta de 2,3% da agropecuária e da queda de 0,5% da indústria. As projeções estão no Informe Conjuntural do segundo trimestre divulgado na manhã desta quinta-feira (24). Economistas ouvidos pelo Banco Central apontam um cenário ainda mais pessimista de crescimento do PIB – 0,97%.
No estudo, a entidade revisa para baixo as estimativas para o desempenho da economia divulgadas em março deste ano. “As causas da forte desaceleração são várias e decorrem mais do ambiente doméstico do que da economia mundial”, destaca o estudo, na contramão do repetido discurso petista.
Para a confederação, a inflação deve fechar o ano em 6,6%, acima do limite máximo da meta de 6,5% fixada pelo Banco Central. “A inflação permanentemente elevada provoca o aumento dos juros e, consequentemente, a retração do crédito oriundo de bancos privados. A menor liquidez conduz ao progressivo enfraquecimento tanto do consumo das famílias como do investimento das empresas”, relata o Informe Conjuntural.
Com isso, a estimativa é que consumo das famílias aumente apenas 1,5% e os investimentos tenham uma queda de 2%. “A reversão do quadro negativo do investimento depende de uma recuperação da confiança do empresário”, afirma o estudo. A desconfiança com os petistas vem travando investimentos em diversos setores.
O Informe Conjuntural destaca que a retração de 0,5% projetada para o PIB industrial será puxada pela queda de 1% na indústria de transformação e de 1,7% na indústria da construção. A indústria extrativa deve crescer 1,5% em relação a 2013. “Os indicadores recentes mostram que a indústria brasileira segue com dificuldade em intensificar o seu ritmo de operação”, informa o estudo.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a produção industrial acumula uma redução de 1,6% de janeiro a maio deste ano. Na indústria de transformação, a queda acumulada na produção é de 2,4%. No grupo de bens de capital, a retração atinge 5,8%. Além da falta de competitividade, explica a CNI, o desaquecimento da indústria é resultado do enfraquecimento da demanda interna, da retração das exportações para a Argentina, do encarecimento do capital de giro, do crescimento do custo da energia elétrica (provocado principalmente pelo déficit hídrico) e da falta de confiança do empresário.
Do Portal do PSDB na Câmara

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