sexta-feira, 4 de julho de 2014

Sindicância conclui que petista favoreceu laboratório



Brasília (DF) – Sindicância aberta para investigar a parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório Labogen, do doleiro Alberto Youssef, apontou que o deputado federal André Vargas (ex-PT-PR), na foto,  foi o responsável por apresentar o projeto da empresa de fachada ao então ministro Alexandre Padilha. O relatório final concluiu que, apenas a partir deste contato, a Labogen pôde ser apresentada ao Ministério da Saúde.
O documento cita que o gabinete do ministro pediu uma reunião à secretaria responsável pelas parcerias para que o laboratório fizesse uma “apresentação institucional”. As informações são da reportagem publicada nesta sexta-feira (04) no jornal O Globo.
O processo de quebra de decoro parlamentar contra o ex-petista André Vargas foi instaurado pelo Conselho de Ética. O parlamentar aparece em conversas telefônicas transcritas pela Polícia Federal (PF) negociando intermediações da Labogen junto a órgãos oficiais.
O relatório contradiz o depoimento de um dos sócios da Labogen, Leonardo Meirelles. O empresário chegou a ser preso e denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) durante a Operação Lava Jato, que desmontou o esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas organizado por Youssef.
Contradição
Segundo Meirelles, não houve intermediação. “O encaminhamento foi pura e exclusivamente técnico”, afirmou o empresário. Ele disse ter sido encaminhado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério.
A informação entra em desacordo com o item “Apresentação da empresa Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia ao Ministério da Saúde”, o terceiro da sindicância concluída em 21 de maio.
O relatório cita ainda uma entrevista do ex-ministro Padilha, candidato do PT ao governo de São Paulo, em que ele afirmou ter sido procurado por Vargas para a “apresentação desse laboratório privado”.

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