segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Heineken vai comprar negócios de cerveja da Femsa por US$5,4 bi



AMSTERDÃ, 11 de janeiro (Reuters) - A cervejaria Heineken anunciou na segunda-feira que comprará as operações de cerveja da mexicana Femsa por 3,8 bilhões de euros (5,44 bilhões de dólares), em uma transação toda em ações que dará ao grupo holandês uma posição de liderança em mercados emergentes da América Latina.

As ações da Heineken, que abriram em baixa, rapidamente inverteram o sinal e subiam 3,6 por cento às 8h (horário de Brasília).

O acordo já era esperado depois que a SABMiller desistiu de um leilão dos ativos da Femsa.

A Femsa informou em outubro que buscava opções para suas operações com cerveja, que ocupam a segunda posição no México. A Femsa também ocupa a quarta posição no mercado brasileiro de cerveja.

Após uma série de transações, a Heineken afirmou que a Femsa será a segunda maior acionista do grupo. A companhia terá 12,5 por cento da Heineken e 14,9 por cento de participação na Heineken Holding, essas fatias compõem uma presença econômica de 20 por cento no grupo.

A Femsa também terá o direito de indicar dois membros não executivos para o conselho de administração.

"O acordo com a Femsa é estratégico para a Heineken", escreveu a SNS Securities em relatório. Entretanto, com uma relação de 11 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), a SNS também considerou que a operação "não foi barata".

"A Heinken está consolidando sua posição. Não haverá uma emissão de ações e somente uma pequena diluição para os acionistras."

A Heineken informou que espera que a transação seja concluída no segundo trimestre e avaliou a operação como valendo 5,3 bilhões de euros incluindo obrigações com pensões e dívida líquida.

A Heineken Holding é a maior acionista da Heineken e a família Heineken é a maior acionista da holding e manterá essa posição após o acordo.

A operação prevê sinergias anuais de custos de 150 milhões de euros até 2013 e a Heineken espera que o acordo contribua para o lucro por ação dentro de dois anos.

(Por Ben Berkowitz)

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